"Do not ask me who I am and do not ask me to remain the same: leave it to our bureaucrats and our police to see that our papers are in order. At least spare us their morality when we write." Michel Foucault
sexta-feira, 30 de julho de 2010
A flor
"Pede-se a uma criança. Desenhe uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém.
Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu.
Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais.
Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor!
As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor!
Contudo, a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas linhas com que Deus faz uma flor!"
Almada Negreiros
sábado, 24 de julho de 2010
Das férias
18
arguir 1 acusar; 2 censurar; 3 impugnar; 4 questionar; 5 combater com argumentos; 6 criticar; 7 demonstrar
Pois... Confesso que não foi fácil, a defesa da tese. Primeiro, a costumeira apresentação em power point (era tão bom que a conseguisse transpor para aqui) e depois... perguntas, perguntas, perguntas, umas inteligentes, outras nem por isso, algumas sem nexo. Respondi a tudo e mais alguma coisa, mas a verdade é que nos dois dias seguintes continuei a responder mentalmente a algumas das perguntas para as quais achava que a resposta não tinha sido a mais indicada.
Agora já passou. Tenho ainda alguns volumes cá em casa prontos a distribuir por algumas bibliotecas, mas acho que só depois da férias.
Volto a percorrer a etiqueta "diário de uma tese". Terá um fim aqui? Talvez não, talvez de vez em quando coloque aqui algum excerto.
Afinal de contas, tive 18. dezoito. DEZOITO!
Melhor era impossível.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
A defesa
Básico, mas verdade: o que tem de ser tem muita força.
No dia 16 chegou a carta com a data da defesa da tese. É o momento final e mais temido desde que me meti neste mestrado.
Por um lado é óptimo pensar que posso apresentar publicamente o meu trabalho e defendê-lo com unhas e dentes, que vou finalmente ficar livre para as inúmeras tarefas (essencialmente domésticas) que tenho vindo a adiar, para alguns passeios em atraso e para estragar ainda mais o Manuel com mimos. Por outro, as dores de barriga já começaram, imagino a minha garganta a ficar seca no momento da defesa, o coração a querer sair do peito e o pior, não conseguir responder às perguntas que os membros do jurí me fizerem...
Mas, para ser sincera, já tenho saudades de voltar a estudar!
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