sábado, 31 de janeiro de 2009

sábado, 24 de janeiro de 2009

BesArt. Thomas Struth vs Vasco Araújo




Estou muito cansada de exposições grandes. Sinceramente acho que já não aproveito muito bem... Depois parece que já vi todas as obras (a verdade é que algumas já tinham sido expostas no mesmo sítio - Museu Colecção Berardo). A curadoria também não se mostrou nada de excepcional...
Entretenho-me a tirar fotografias, o que se parece ter tornado uma forma de apropriação do espaço.
Tentei apanhar alguém a olhar para a obra de Thomas Struth, mas em vão. Parece que o Vasco Araújo tem mais sucesso!

Domingo - Pedro Barateiro



Quase no último dia... O espaço do Pavilhão Branco do Museu da Cidade é sempre fantástico. Desta vez muito bem aproveitado.
Valeu mesmo a pena a visita porque a exposição é boa e as obras também.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Deixa-me rir, essa história não é tua


aqui*

Consegui eliminá-lo!

Já tinha "postado" a mensagem de baixo há alguns dias, mas sabe-se lá porque razão ela desformatou as cores do blogue: letras, links, etc... Hoje tentei de novo. Tive de elimar a mensagem original e postar com uma outra imagem (a primeira tinha sido copiada do site do Público). Na minha procura não consegui aceder a muitas, parece que todas têm uma espécie de vírus!! Muito estranho! Claro que são imagens do Poe, o que explica muita coisa!!!

P.S. - Passei o dia a fazer bonecos em plasticina. Será que estou a regredir?
P.S. 2 - Repito e sublinho, porque me vejo ao espelho: "They who dream by day are cognizant of many things which escape those who dream only by night." Thank you, Mr. Poe.

Edgar Allan Poe - take 2


"I AM come of a race noted for vigor of fancy and ardor of passion. Men have called me mad; but the question is not yet settled, whether madness is or is not the loftiest intelligence -- whether much that is glorious- whether all that is profound -does not spring from disease of thought - from moods of mind exalted at the expense of the general intellect. They who dream by day are cognizant of many things which escape those who dream only by night. In their gray visions they obtain glimpses of eternity, and thrill, in awakening, to find that they have been upon the verge of the great secret. In snatches, they learn something of the wisdom which is of good, and more of the mere knowledge which is of evil. They penetrate, however, rudderless or compassless into the vast ocean of the "light ineffable," and again, like the adventures of the Nubian geographer, "agressi sunt mare tenebrarum, quid in eo esset exploraturi."
Edgar Allan Poe, Eleanora

Sim, é outro dos meus escritores preferidos. Há já muito tempo...

"Digo-o sem pudor, pois sinto que isto parte de um profundo sentimento de piedade e ternura: Edgar Allan Poe, bêbado, pobre, perseguido, pária, agrada-me mais que, calmo e virtuoso, um Goethe ou um W. Scott. Direi de bom grado dele, e de uma classe particular de homens, o que o catecismo diz do nosso Deus: "Ele sofreu bastante por nós."
"E no seu túmulo podia escrever-se: "Vós todos que tendes ardentemente procurado descobrir as leis do vosso ver, que haveis aspirado ao infinito e cujos sentimentos reprimidos tiveram de procurar um terrível lenitivo no vinho do desregramento, orai por ele. Agora que o seu corpo purificado nada no meio de seres cuja existência ele entrevia; orai por ele que vê e que sabe; ele intercederá por vós." Charles Baudelaire, Edgar Allan Poe, Ed. Alma Azul
(todas as de Poe obras aqui* )

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Então???

isto agora mudou-me as cores! Se calhar é o fantasma do Poe! Que raio!

O que é isto???

O meu blogue não me deixa escrever... já publiquei coisas com mais de 200 caracteres!!

domingo, 18 de janeiro de 2009

A vida (dos outros) como fotografia


"Morelli tentava em certa medida justificar as suas incoerências narrativas, defendendo que, tal como a recebemos na chamada realidade, a vida dos outros não se trata de cinema, mas de fotografia, isto é, que não podemos apreender a acção senão em fragmentos cortados de forma eleática. Não existem senão os momentos em que estamos com esse outro cuja vida pensamos que compreendemos, ou quando nos falam dele, ou ainda quando ele nos conta o que lhe aconteceu ou nos revela aquilo que tem a intenção de vir a realizar. No final temos um álbum de fotos de instantes fixos: jamais o porvir a realizar-se diante dos nossos olhos, a passagem de ontem para hoje, a primeira estaca do esquecimento na memória."
Júlio Cortázar, Rayuela

Gosto tanto destes mapas...

... que um dia gostava de ser capaz de fazer um assim.

Joaquim Rodrigo
Lisboa-Oropeza
© IMC / MC

aqui*, num dos meus sites preferidos.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Possibilidades


Hoje qualquer uma seria boa...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Eu não moro mais em mim

Eu perco o chão, eu não acho as palavras
Eu ando tão triste, eu ando pela sala
Eu perco a hora, eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim

Eu perco a chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio.

(Adriana Calcanhoto, para ouvir aqui*)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Mapear


1 - Um mapa é sempre uma abstracção.
2 - Nada do que está no mapa existe.
3 - Um mapa nunca está completo.
4 - O que é mais importante não vem no mapa.
5 - No entanto, um mapa mantém-nos seguros de que vamos encontrar o caminho.
6 - Para nos perdermos será sempre necessário um mapa, porque perder é o espaço entre encontrar.
7 - Quem faz o mapa tem de estar no terreno.
8 - No limite, os mapas não servem para nada.
9 - Gosto mais de mapas de sítios que não conheço.
10 - Gosto das cores dos mapas porque nunca correspondem à realidade.
11 - Mapas não são fotografias.
12 - Gostava de desenhar o mapa do meu coração, mas não tenho jeito.

(gostava de ter este livro*, encontrado no blogue da Ana Ventura)

(nunca li valter hugo mãe, mas estou a ouvi-lo aqui*. Diz ele: "Cada um de nós tem de procurar as suas próprias invisibilidades." E um mapa é isso: procurar as invisibilidades.)

em repeat

I can say I hope it will be worth what I give up
If I could stand up mean for all the things that I be
Santogold - L.E.S Artistes

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Oito dias depois, 2008 foi:

- O ano em que acabei a parte curricular do mestrado;
- O ano em que comecei a escrever a minha tese e ainda não acabei, nem desisti (nem sei como...)
- O ano em que nasceu a filha da minha amiga de adolescência, ao contrário de todas as expectativas de que seria eu a primeira;
- O ano em que fui a Berlim e a Londres, onde nunca tinha ido;
- O ano em que pela primeira vez vi um Friedrich ao vivo;
- O ano em que o meu mano voltou de Macau e é bom tê-lo cá;
- O ano em que dexei tantos posts por escrever neste blog, mas escrevi uns quantos;
- O ano em que para melhor filme escolho O Sabor de um couscous, para melhor espectáculo talvez este (não vi muitos), mas para melhores exposições escolho as do André;
- O ano em que ainda tenho saudades dos meus avós;
- O ano em que não houve bebés na família.

Para 2009 quero:
- continuar a não desistir da tese;
- desenhar um mapa para o interior de mim mesma;
- namorar mais;
- ir passar férias a um sítio bonito.

domingo, 4 de janeiro de 2009

O meu mapa


Encontrei-o à entrada do comboio. Sorriu. Há meses que não o via.
- Tenho lido o teu blog. – disse-me
(Sorri, envergonhada. Nunca espero que alguém o leia. Nunca sei como reagir.)
- Porque é que escreves?
- É como um mapa para o interior de mim mesma, tenho sempre medo de me perder.
- Mas os outros não precisam desse mapa.
- Não, mas eles próprios são parte do mapa. (silêncio) Tu também és.
(Nenhum sítio existe isolado. Se me perder, por favor avisem.)