terça-feira, 29 de julho de 2008

Uma sopa para os meus sentimentos estéticos.


O título da obra é roubado a Alberto Carneiro: "Uma linha para os teus sentimentos estéticos" está em exposição no Museu do Chiado e vale a pena ir lá (vale sempre a pena e é mais que nossa obrigação ir visitar museus cá dentro - e não só lá fora).
Bem, quanto à sopa, tirei a receita daqui*. Podem repetir, é tão boa quanto parece!
(e nunca pensei que desse para fazer publicidade a um museu!)

My favorite place...


Foi uma das boas coisas coisas da licenciatura. É das melhores coisas do mestrado. Não fosse o ar condicionado estar um pouco para o alto, a biblioteca da Gulbenkian era o paraíso de qualquer historiador de arte - coisa que ainda não consegui ser, por isso, emendo: A BIBLIOTECA DA GULBENKIAN É O PARAÍSO PARA QUALQUER ASPIRANTE A HISTORIADOR DE ARTE! Principalmente nesta altura do ano em que só tem 4 gatos pingados que passam o Verão a fazer teses de mestrado ou doutoramento!!
(Quem faz serviço educativo, às vezes tem vontade de estar a sós com alguns bons livros!)

There is no right or wrong way to visit a museum


Aqui está o velho dilema que Serota também aponta: experiência ou interpretação? Experiência, claro. Mas pergunto: é possível que a experiência seja também uma forma de interpretação?
“There is no right or wrong way to visit a museum. The most important rule you should keep in mind as you go through the front door is to follow your own instincts. Be prepared to find what excites you, to enjoy what delights your heart and mind, perhaps to have esthetic experiences you will never forget. You have a feast in store for you and you should make the most of it. Stay as long or as short a time as you will, but do your best at all times to let the work of art speak directly to you with a minimum of interference or distraction.” (David Finn, How to visit a Museum, New York, Abrams, 1985)
... e a fotografia, de uma exposição no MoMA em 1939, retirada de: STANISZEWSKI, Mary Anne, The Power of Display, A History of Exhibition Installations at the Museum of Modern Art, The Mit Press, Cambridge, Mass.; London, England, 1998

sábado, 26 de julho de 2008

Águas de Março

Depois de muito tempo voltei a ouvir Red Hot and Rio (por causa disso já tinha posto o vídeo do Gilberto Gil a cantar "Refazenda"). Casos raros em que as músicas são tão boas como as letras. E ficam tão bem, o David Byrne e a Marisa Monte. Para ouvir aqui*

A stick, a stone, it's the end of the road
É um resto de toco, it's a little alone
It's a sliver of glass, it's life, it's the sun
It is night, it is dealth, it's a trap it's a gun

É peroba no campo, é um nó na madeira
Cangá, candeia, é Matita Pereira
É madeira de vento, tombo na ribanceira
É um mistério profundo, é um queria ou não queira

É um vento ventando, é o fim da ladeira
É a vida, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira

The foot, the ground, the flesh and the bone
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É o regato, é uma fonte, é um pedaço de pão

É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
A spear, a spike, a point, a nail
A drip, a drop, the end of the tale

É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
A mile, o dia, a thrust, a bump
It's a girl, it's a rhyme, it's a cold, it's a cold, it's the mumps

É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
A drift, ponte, flight, rã, resto, quail
The promise of spring

And the river bank talks (São as águas de março)
Of the waters of march, (Fechando o verão)
It's the promise of life (É promessa de vida,)
It's the joy in your heart (No meu coração)

A stick, a stone,
It's the end of the road
É um resto de toco,
é um pouco sozinho

It's a sliver of glass,
It’s a life, it's the sun,
É a noite, é a morte,
é o laço, é o anzol

It’s the plan of the house,
It’s the body in bed,
It’s the car that got stuck,
It's the mud, it's the mud

É o projeto da casa,
é o corpo na cama
É o carro enguiçado,
é a lama, é a lama

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no meu coração

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O Azul faz anos hoje









... mesmo hoje, que ainda faltam 5 minutos para acabar o dia 24! Ia-me esquecendo e até já tinha desligado o jorginho (nome do Toshiba). Mas enfim... 1 ano e oitenta mensagens. Como não ando muito inspirada com as palavras (já devem ter notado), ficam para outra altura posts sobre o blog ou sobre a razão da sua existência. Por agora ficam algumas fotografias de azuis cá por casa.

terça-feira, 22 de julho de 2008

domingo, 20 de julho de 2008

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Much of our experience can only be brought home through mediation


"It often feels as if we can no longer experience anything if we don't first alienate it. In fact, alienation may now be a necessary preface to experience. Anything to close to us bears the label "Objectify and Re-ingest." This mode of handling experience - especially art experience - is inescapably modern. But while its pathos is obvious, it is not all negative. As a mode of experience it can be called degenerate, but it is no more so than our "space" is degenerated. It is simply the result of certain necessities pressed upon us. Much of our experience can only be brought home through mediation. The vernacular example is a snapshot. You can only see what a good time you had from summer snapshots. Experience can then be adjusted to certain norms of "having a good time". These Kodacrome icons are use to convince friends you did have a good time - if they believe it, you believe it. Everyone wants to have photographs not only to prove but to invent their experience. The constellation of narcissism, insecurity, and pathos is so influential I suppose none of us is quite free ot it."
Brian O'Doherty, Inside the White Cube, p.54