domingo, 28 de setembro de 2014

Quase cinco!

Parece que ainda ontem estava na barriga...
Este ano, quer que a festa seja em casa, "para os amigos verem o meu quarto". Até agora tem sido sempre num jardim, o que facilita muito as coisas. Para ser em casa, teremos de fazer uma festa para a família (só avós são 6 e tios são 7) e outra para os amiguinhos (da escola antiga e da escola nova). Também é a primeira vez que a festa tem tema: Dinossauros! Os ovos-convite já estão feitos, mas o resto da decoração ainda não. (A sério, a minha cabeça está cheia de dinossauros!).
Como prenda quer um animal de estimação: dou-lho ou não?
(E um irmão, dou-lho ou não?)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Um livro perfeito e que faz água na boca

This is Just to Say


I have eaten
the plums
that were in 
the icebox

and which
you were probably
saving
for breakfast

Forgive me
they were delicious
so sweet
and so cold

Wiliam Carlos Williams

Um livro com poemas, pinturas, desenhos e receitas de cozinha? Sim! Foi esse o livro que dei ao meu irmão no aniversário (ele é cozinheiro) e que adorei. Na verdade, agora quero mesmo ter um para mim.
Dele, tirei este poema que vem ilustrado com o quadro do Manet. Nele, a receita de cebolas caramelizadas do Van Gogh deixou-me curiosa e com vontade de experimentar.
Não sou boa cozinheira (na família, esse dom parece caber aos homens), mas gosto de livros de cozinha. E gosto de livros de arte. E gosto de poemas.
Chama-se The Modern Art Cookbook (e o natal está aí à porta!)

Ah, e do facebook, tenho muita inveja desta gente que desenha e cozinha: They Draw and Cook

domingo, 21 de setembro de 2014

O sítio que escolhi para ser feliz

Há uma semana, começámos um novo ritual.
Saímos do prédio, subimos a rua, viramos à esquerda, passamos por baixo das árvores que se chamam olaias, subimos as escadinhas, damos a curva e entramos na escola.
É tão fácil! Sem pressas para entrar no carro, por o cinto, sem trânsito. Assim de fácil!
Encontramos amigos no parque e parece que tudo o que precisamos está aqui no bairro. Reparo nas casas bonitas, nos prédios que são pintados de novo, nas frutas â porta da merceria.
Ao princípio foi difícil porque o M. ainda não tem educadora e nós não tínhamos forma de ficar com ele em casa. Ainda ponderámos voltar ao colégio em Carnide, mas andar para trás demoveu-nos.
Agora, mesmo só com a auxiliar e alguns amigos ele está feliz. Nós estamos felizes.
E começo a pensar que o meu mundo é o meu bairro.
(E quem sabe um dia não acabo a trabalhar no palácio - que dizem assombrado - mesmo aqui ao lado).

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Confissões de uma mãe

Foi pouco tempo depois de o M. nascer que li o livro“100 Promessas para o Meu Bebé”. Nele, a autora, Mallika Chopra (filha do Depak, claro), relata as promessas que fez à sua bebé enquanto ainda estava grávida mas, como o livro foi escrito depois (se não me engano já a filha tinha 2 anos), faz também uma análise do que conseguiu e não conseguiu cumprir. Lembro-me que uma das promessas não cumpridas era nunca dizer não a esse futuro bebé, o que para uma mãe é mais que óbvio, claro!
Acho que todas nós fizemos promessas aos nossos bebés: imaginámos-lhes os quartos, as escolas aonde iam aprender a tocar violino ou dança, ou o que for, os livros que leríamos à noite, as birras que eles nunca iriam fazer no supermercado (Os nossos? Nunca, claro!). Quando imaginámos esse bebé, imaginámos também uma mãe. Uma mãe que nunca (nunca mesmo) gritaria, que não daria gomas nem refrigerantes cheios de açúcar, que nunca perdesse a paciência, que nunca levantasse a mão. Imaginei-me e treinei-me assim e agora, olho para mim, e estou virada do avesso, porque faço isto tudo (pouquinho, bem sei, mas faço).
Estas férias fomos acampar, como já sabem. Esta era uma das promessas que tinha feito ao meu bebé. Correu bem. Para uma criança que vive na cidade, é um permanente estado de excitação! Sabem o que acontece nestas alturas? Não querem dormir, não querem comer, não querem vestir-se, empoleiram-se em nós o tempo inteiro e respondem. Respondem “não”, “não quero”, “não vou”, “não faço”, “és feia”, “não mandas em mim”. Quatro anos! E eu a ver todas as questões de poder, intrínsecas numa relação mãe/filho ali, de viva voz à minha frente! 
E foi então, num desses momentos, que eu vi a minha mão saltar fora de mim. A minha mão e com ela a minha cabeça. E com isso o meu coração despedaçou-se.
Não foi isto que eu imaginei. Não é isto que eu quero para mim, nem para a minha família.
Felizmente, dias depois, a Mariana, da Família Pumpkin, partilhou este artigo no Facebook. Li com atenção, links incluídos e reforcei a ideia de que não era isto que queria, portanto, tanto os meus níveis de paciência como o meu background teórico (sim, as mães também têm um!) teriam de ser reforçados. Por isso, enchi-me de coragem, e inscrevi-me neste curso!
Não há mães perfeitas, melhores ou piores. Há muitas formas de educar um filho (provavelmente tantas como o número de mães existente) e nenhuma totalmente certa ou totalmente errada. Mas existe essa mãe que outrora sonhámos ser e é essa que eu não quero perder de vista.

E porque este post é tão sério, merece uma canção divertida. Afinal de contas, "porque é que o bom é melhor que o mau?"