sábado, 30 de agosto de 2008

Este blog...

... precisa de uma actualização nos links. Vou por um para o blogue da Inês e outro para o da Ana Ventura.
Entretanto, lista para Setembro:
- fiz um calendário para trabalhar 100 horas na tese e acabar o primeiro capítulo,
- a minha mãe vai para a Índia e volta só no finzinho do mês,
- tenho de resolver o problema das portas cá de casa (os puxadores estão estragados),
- tenho de pendurar os posters de Macau daquela maneira que vi na Tate Britain (e que dispensa moldura),
- o museu onde trabalho está em obras e só abre dia 27 (estou ansiosa e o trabalho parece sempre muito),
- apaixonei-me e vou juntar dinheiro para comprar isto (aceitam-se donativos),
- vou tentar encontrar as coisas antigas que tenho da Ana Ventura, do tempo em que ela ainda não era tão conhecida.
Não devo ficar com muito tempo para actualização de posts...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Das ist Olafur Eliasson



... na Ellipse Foundation.
(ou sobre a generosidade)
Também com uma exposição no MoMA (aqui*), cujo tema principal, segundo o próprio artista, pode ser encarado como a generosidade: a generosidade de devolver o tempo ao espectador. Refletindo sobre a história dos museus (sim, ela existe!), Eliasson considera que existe um paradoxo: anteriormente os museus coleccionavam objectos da realidade, posicionando-os fora desse mundo onde eram produzidos, agora devem posionar-se dentro do mundo e do tempo contemporâneo mesmo que tenham colecções históricas (é verdade, mas sabemos como isso é tão difícil).
Em "Taking your Time", "it´s not about the museum but about the spectator (...)the museum gives the time back to the spectator."

E mais:
"How can we take part of the art in a way that is both responsible but also has an impact on the world?"

"I would like to make sense of the word by sensing the world"

"We should not be afraid of doing something beautiful."

"A museum, or an exhibition in the museum is a laboratory. One can say it's a different type of studio."

É por isso que eu gosto dele.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Cupidos de Cranach



Cranach é um dos pintores favoritos. Tudo nele é estranho, divertido e ao mesmo tempo sensual! E os cupidos, "roubados" na Gemäldegalerie,quando estive em Berlim, são muito (muito) bons.

domingo, 17 de agosto de 2008

"House of Cards" Radiohead

I don't want to be your friend
I just want to be your lover
No matter how it ends
No matter how it starts

Forget about your house of cards
And I'll deal mine
Forget about your house of cards
And I'll deal mine

Fall off the table,
Get swept under
Denial, denial

The infrastructure will collapse
Voltage spikes
Throw your keys in the bowl

Kiss your husband goodnight

Forget about your house of cards
And I'll deal mine
Forget about your house of cards
And I'll deal mine

Fall off the table,
And get swept under

Denial, denial
Denial, denial
Your ears should be burning
Denial, denial
Your ears should be burning
Denial, denial

Outras ficções


"Outras ficções" é o nome da exposição que está no Museu do Chiado. No Museu Nacional de Arte Contemporânea, aliás. Mais uma vez propõem-se cruzamentos e encontros de obras de períodos diferentes na procura de novas leituras interpretativas para cada uma das peças expostas.

As minhas preferidas:
- Ângela Ferreira e Alexandre Estrela (no núcleo "O Lugar")
- João Tabarra (em "Rebaixamento)
- Pedro Paiva e João Maria Gusmão (em "Acontecimento")

A que ficou melhor na fotografia:
- Júlia Ventura (Papel de Parede e Geometrical reconstruction and figure with roses, no núcleo "Reversibilidade")

sábado, 16 de agosto de 2008

Banda sonora (enquanto escrevo a tese)

Kronos Quartet, Lux Aeterna (aqui*)

Em repeat

Kings of Convenience - Misread

If you wanna be my friend
You want us to get along
Please do not expect me to
Wrap it up and keep it there
The observation I am doing could
Easily be understood
As cynical demeanour
But one of us misread...
And what do you know
It happened again

A friend is not a means
You utilize to get somewhere
Somehow I didn't notice
friendship is an end
What do you know
It happened again

How come no-one told me
All throughout history
The loneliest people
Were the ones who always spoke the truth
The ones who made a difference
By withstanding the indifference
I guess it's up to me now
Should I take that risk or just smile?

What do you know
It happened again
What do you know

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Sir Soane´s Museum




Este museu fica em Londres e é especial. Pouco conhecido e menos frequentado pelos turistas, é uma verdadeira surpresa. Por isso escrevo sobre ele. Passo a vida a visitar museus e, às tantas, já todos me parecem iguais. Já todos me parecem "não- lugares", para usar a expressão de Marc Augé. As questões da conservação e mesmo a mania de querer "modernizar" a todo o custo leva a que os museus se assemelhem demasiado uns aos outros .Até mesmo as casas históricas chegam a perder a "patine" do tempo, que na verdade é o que as torna especiais.
Mas o Soane's Museum é uma excepção à regra. Em 1833, quatro anos antes de morrer, este arquitecto inglês deixou ao Estado a sua colecção para que fosse aberta ao público, na condição de que fosse mantida "as nearly as possible in the state in which he shall leave it".
Em 1913 mudou para o número 13 da Lincoln's Inn Fields, que reconstruiu como habitação mas também como museu onde "dispôs a sua colecção para educar e inspirar amadores e estudantes de pintura, arquitectura e escultura". Nessa altura já eram admitidos visitantes no museu desde que não estivesse um tempo húmido!
Em 1995, depois de uma intervenção que demorou cinco anos, o museu foi reaberto ao público. Não existiram tentativas de reformular a exposição da colecção, tal como tinha sido pedido por Soane e se compararmos as aguarelas da época com o espaço que nos é apresentado confirmamos que tudo permanece no sítio. Não há sequer legendas nas salas, apenas discretos textos sobre a sala em que nos encontramos em cima das mesas. No entanto, há funcionários sempre prontos a darem explicações. O gabinete de pinturas é, tal como o nome indica,uma sala repleta de pinturas de alto a baixo e os painéis podem ser abertos, escondendo por trás novas pinturas ou mesmo maquetes de edifícios! No "Dome" (na fotografia) Soane dispôs os bustos clássicos, urnas funerárias e fragmentos de aqruitectura e escultura provavelmente inspirado pelas gravuras de ruínas romanas de Piranesi.
Vale mesmo a pena ir lá ou visitar aqui.

(imagens e citações retiradas de "Sir John Soane's Museum. A short description.")

domingo, 10 de agosto de 2008