quarta-feira, 31 de março de 2010

Pequenas coisas com a máxima importância


Gosto destes jardins em miniatura. Transmitem imensa tranquilidade e são como pequenos mundos. Quando era pequena a minha tia tinha uma pequena estufa em forma de casa. Adorava ficar a olhar para ela quendo ia lá a casa, acho que tinha fetos lá plantados.
Hoje tenho um grande globo daqueles que se usam nos laboratórios químicos, mas há anos que tem a mesma planta... Prometo, em breve, recolher vários espécimens para o reabilitar, mas não garanto que fique tão bonito como estes.
Quando o Manuel for maior construo um com ele, como tão bem se ensina aqui.

Para a tia Margarida...


... vir cá sempre espreitar-me quando tiver saudades!

domingo, 28 de março de 2010

Não


Depois te ter passado um fim-de-semana atulhada em roupa, só consegui sentar-me aqui à meia-noite e meia.
Prometo escrever sobre as outras coisas que fiz, porque até para mim as preciso de rever (ou afirmar que faço outras coisas para além da roupa, das sopas, das papas).
Felizmente, para aquecer o coração, chegou por e-mail este link, de uma exposição que provavelmente não vou consegui ver: a Ilustrarte.

(a imagem é de Hasan Isikli)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Fim-de-semana de mãe



É ir Sábado de manhã à Biocoop abastecer-se de cenouras e batatas doce para a semana inteira.
É fazer incontáveis máquinas de roupa.
É tentar passar o máximo de tempo possível a dar beijinhos ao bebé.
É receber avós e tios babados ao Domingo à tarde.

Mas ainda dá para ir ver umas exposições ao Museu Berardo. A minha favorita foi a de Judith Barry, uma artista que nem conhecia!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Nós

sexta-feira, 12 de março de 2010

Encontros




"We must return [...] to what is simplest, in other words to the obscure self-evidences with wich we began. We must momentarily leave everything that we thought we saw because we knew what to call it, and return henceforth to what our knowledge had not been able to clarify. We must return, then, this side of the represented visible, to the very conditions of the gaze, of presentation and figurability [...]"
Georges Didi-Huberman, Confronting Images, p. 16

Imagens:
Jackson Pollock, Number 1, 1950, Lavender Mist (pormenor), 1950
Fra Angelico, Anunciação (pormenor), c.1440-1441

quinta-feira, 11 de março de 2010

O rapaz que gostava de cemitérios e que agora expõe no MoMA


Confesso que sempre me irritaram as constantes comparações entre os museus e os mausoléus, ou cemitérios. Adorno foi o primeiro a fazê-lo em Valery Proust Museum:
“The German word museal has unpleasant overtones. It describes objects to which the observer no longer has a vital relationship and which are in the process of dying. … Museum and mausoleum are connected by more than phonetic association. Museums are like the family sepulchres of works of art.”
Este tipo de ideias parte do princípio de que as obras de arte só estariam vivas no seu contexto original (por exemplo, uma igreja) e que, ao retirá-las daí, o museu apenas expunha objectos "mortos". Claro que com a arte contemporânea, em que muitas (ou a maior parte) das vezes as obras são produzidas para o museu, esta ideia deve ser posta de lado. E, mesmo no que a outras épocas diz respeito, o museu não "mata" os objectos, antes dá-lhes uma outra vida, criando a sua autonomia dentro da esfera artística. Acredito que o museu devolve aos objectos a sua verdadeira função: quando Fra Angelico pintou a Anunciação, estava mais interessado no tema ou na pintura?
Por isso, para mim, até há bem pouco tempo museus e cemitérios não tinham nada a ver, até que...
"Growing up in Burbank, there wasn´t much of a museum culture. I never visited one until I was teenager (unless you count the Hollywood Wax Museum). I occupied my time going to see monster movies, watching television, drawing, and playing in the local cemetery. Later, when I did start frequenting museums, I was stuck by how similar the vibe was to the cemetery. Not in a morbid way, but the both have a quiet, introspective, yet electrifying atmosphere. Excitement, mystery, discovery, life, and death all in one place."
( E isto escreve Tim Burton no "Artist's Statement" - Declaração do Artista? - do seu catálogo da exposição no MoMA. Espantoso, não é? Eu vou expôr num museu, mas acho que os museus são similares a cemitérios - e gosto disso: só mesmo ele!)

sexta-feira, 5 de março de 2010

2010 2010 2010



Sim, este ano!
Já há muito que queria escrever este post, para não me esquecer e para me comprometer comigo mesma. Assim, este ano quero:

- Comer mais refeições vegetarianas
- Usar mais alimentos biológicos (vou fazer-me sócia da biocoop)
- Passear mais (cá dentro e mesmo que seja aqui por perto)
- Tirar mais fotografias (queria que fosse pelo menos uma por dia, mas os dias vão passando e nada)
- Tornar a minha vida mais "verde" (tentar diminuir a pegada ecológica, que tem levado um grande estrondo, com as fraldas do Manuel e a utilização mais assídua do carro)

Na foto: Largo de S. Carlos no passado Domingo, 28-2-2010