quinta-feira, 15 de maio de 2014

Da minha cidade

Andei pelas ruas de Lisboa durante dois dias a pé. Fui a sítios onde nunca tinha entrado. Estive em trabalho na companhia de gentes de outros países e olhei com olhos novos e renovados.
Desde que o Manuel nasceu vou sempre de carro para o trabalho e perdi um pouco o contacto com a cidade. No último dia, para apanhar transportes fui ter a paragens de autocarro desactivadas e a estações onde o Metro demorou de mais.
Mas descobri que Lisboa continua maravilhosa e que melhora de dia para dia.

domingo, 11 de maio de 2014

Às vezes a minha casa é um jardim,

ou uma biblioteca, ou o pedaço de uma praia.
Às vezes tem areia, tem troncos, tem pedras e árvores.
Às vezes a minha casa está desorganizada.
Tem desenhos espalhados e livros abertos que nunca se acabam de ler.
Tem caixas abertas, com segredos lá dentro. Tem caixas fechadas com números.
A minha casa tem raízes e também tem música.
Tem silêncio (poucas vezes).

Ontem, a minha casa, a casa da minha família, ganhou um ninho com dois pássaros que vieram do jardim mais bonito da cidade.
Trepadeira Azul e Pisco de Peito Azul.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Da serra

Poderia ser outra qualquer imagem, provavelmente melhor que esta, mas nenhuma captaria o cheiro da aldeia ou das laranjeiras em flor, nem o chilrear dos pássaros, o pousar das borboletas ou, simplesmente, o silêncio.
Há coisas que não cabem nem em imagens nem em palavras.