domingo, 12 de dezembro de 2010

Passear em Lisboa




Ontem fomos à quinta! Nunca vi o bicharoco tão feliz, a falar com os animais e a correr atrás das galinhas e do pavão. Impressionante, como não tem medo de nada!

Prendas

Este livro dá mesmo vontade que ele cresca depressa.

Os embrulhos da Loja de Estar são tão lindos que nem dá vontade de desembrulhar!

Brinquedos preferidos


Os livros que teimam em não arranjar lugar nas já escassas prateleiras cá de casa são uma grande entretenga para o bicharoco.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Dizem que é uma espécie de carta aos duendes do Pai Natal...



Ass. Manuel

P.S. _ A minha mãe disse para eu dizer que queria isto, mas para não dizer a ninguém que foi ela que disse! (eu preferia as cenas dos Digimons)
P.S.2 _ A minha mãe também disse que são os duendes que trabalham, não o Pai Natal (se trabalhasse não sofreria de obesidade)
PS. 3 - A mãe também disse para não abusar muito desta sigla "PS", que é um bocado reaccionário (ela prefere PSR, com R de Revolução)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A casa






10 minutos aqui, dez minutos ali... aqui está a casa (e eu confesso que fiquei muito orgulhosa da obra)

Dianas





Estas fotos são um luxo nos tempos que correm, mas ficaram tão lindas, tão lindas que valeu a pena o dinheiro gasto.
Para o ano há mais, querida Diana!

mandar postais


domingo, 24 de outubro de 2010

I love the way we sling

sling Fera da Rosa
2-9-2010

sábado, 23 de outubro de 2010

.

O bicharoco está doente. Não quer brincar, não deita os livros da estante ao chão nem abre o armário dos tupperware (googlei como se escrevia) para os por todos cá fora.
O bicharoco está doente. Tudo começou com umas tosses e ontem às 3h da manhã já tinha quase 40 de febre. Fomos com ele para a banheira a ver se arrefecia.
O bicharoco está doente e mesmo com reflexologia e banhos tépidos está a brufen e benuron.
O bicharoco está mesmo doentinho, quer passar o tempo todo no nosso colo e dorme imenso. Tem os olhos vermelhos e pequeninos.
O meu bicharoquinho está doente e o meu coração está do tamanho de um ponto final.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Uma casa de cartão na cabeça e um filho ao colo


Tivesse eu mais tempo e o quarto do rapaz estaria cheio de construções de cartão. Tivesse eu mais tempo... que ideias e imagens dentro da cabeça não faltam. Hoje descobri esta e apressei-me a guardá-la na pasta "ideias Manuel"... Fica para o futuro ou para a tia arquitecta.
Não sei como as outras mães, que também trabalham (como a Débora) têm tempo para mais... Eu é museu-casa-cozinha-cama. E o Manuel requer ainda muita atenção (ainda bem, porque vou ter saudades).

Bésame mucho: um livro para as (futuras) mamãs como a Inês e as 3 que andam lá pelo trabalho.

Tenho os discos do José Barata Moura no i-pod... Que estranho!

Ele adormece ao meu colo enquanto escrevo isto... Ssssschiu! Está a dormir. Ser mãe sabe bem.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

1




Foi uma festa grande no bonito espaço da Tapada das Necessidades.
Pais. Primos. Prima. Tios. Tias. Avós. Avôs. Amigos.
É tão bom poder contar com todos.

(havemos de lá voltar para tirar fotografias à bonita cúpula de vidro)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O quarto dele







"É costume, à noite, todas as boas mães, depois de os filhos estarem a dormir, inspeccionarem os seus espíritos e porem as coisas no seu lugar para a manhã seguinte, colocando nos lugares próprios muitas das coisas que andaram desarrumadas durante o dia. Se pudessem ficar acordados (mas claro que não podem), veriam a vossa mãe a fazer isso e achariam muita graça observá-la, é muito parecido com arrumar gavetas. Vê-la-iam de joelhos, alegremente, espero, de volta de algumas das vossas alegrias, pensando onde teriam ido descobrir aquilo, fazendo descobertas muito agradáveis e outras menos, apertando isto contra o rosto como se fosse um gatinho e afastando apressadamente outra coisa. Quando acordam de manhã, a maldade e as paixões ruins com que se deitaram foram dobradas e guardadas no fundo da vossa mente e, por cima, lindamente arejados, estão estendidos os vossos pensamentos mais bonitos, prontos para serem usados."
J. M. Barrie, Peter Pan

Às vezes imagino-o grande, maior que eu. Outras vezes tenho saudades do dia em que o trouxe pela primeira vez para casa. Às vezes espanto-me com tamanha evolução. Outras vezes choco-me porque já quer fugir dos meus braços e andar por aí. Às vezes quero que ele aprenda as coisas rápido. Outras vezes quero-o sempre bebé. Às vezes ando tão cansada por não dar conta da lide doméstica. Outras vezes tudo pode estar um caos, que eu sou a mulher mais feliz do mundo. Às vezes quero que ele durma. Outras vezes, se já está a dormir há muito tempo, quero que ele acorde porque já tenho saudades.
Existem sentimentos mais ambivalentes do que os de uma mãe?

Nas fotos: o quarto dele. Passou a dormir lá no Sábado. Faz-me confusão já não o ter tão perto à noite, mas não tem corrido mal e ele adora.

Há um ano

Há um ano tinha uma barriga do tamanho da lua (quando está cheia). Andei o dia inteiro para trás, para a frente, para trás, para a frente. Subi e desci para o 3º andar pelo menos 4 vezes. Fui à loja dos 300 (nunca ganhei o hábito de dizer "loja do €1,5") e comprei uma caixa (hoje de ferramentas) e pegas para a cozinha (péssimas porque são de um material inflamável!). Andei tanto no Alto dos Moínhos que quase fui ao Hospital dos Lusíadas. Ao princípio da noite limpei não sei o quê (algo na cozinha, acho). O Cavaco ia falar ao país sobre as escutas. Pensava: "se ele nascer amanhã não vejo o último episódio do Dexter." Vi o Jornal da 2 debruçada sobre a bola de pilates (imprescindível para qualquer grávida). O Cavaco nunca mais falava e eu disse ao Ivo: "Temos de ir para a maternidade". Às 2h40 da manhã tinha o bicharoco ao colo. Não chorei como nos filmes mas agora, sempre que me lembro, choro.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Quase um ano...



Ele, o cão e o tapete novo

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"Os melhores museus estão onde menos se espera"


Através de um outro blog (Dias que voam) descobri este fantástico artigo da Alexandra Lucas Coelho sobre pequenos museus. Tem tudo a ver com o post anterior e faz-me lembrar que há muito quero fazer uma lista de pequenos museus a visitar em Portugal.

"Gostamos de museus. E temos bons museus - alguns com prémios internacionais, e nem sempre os mais óbvios. Guardámos selvas empalhadas, ânforas romanas, latas de sardinhas, pentes pré-históricos, dados viciados, chapéus de feltro, e até a cadeira onde Camilo se suicidou. Houve alturas em que corremos o risco de nos esquecermos de nós próprios. Boas notícias: afinal não vamos perder a memória.

Viagem rápida pelo país. Cinco museus: Portimão, Penafiel, Casa de Camilo em São Miguel de Seide (Famalicão), Museu da Chapelaria em São João da Madeira, e Museu da Ciência em Coimbra. Podiam ser outros, é verdade, mas estes contam histórias diferentes umas das outras; foram, vários deles, premiados; fazem, quase todos, parte da Rede Portuguesa de Museus, que em 2010 celebra dez anos; e são, todos eles, exemplos de vontade, persistência, teimosia, e prova de que não deitar fora uma velharia pode afinal ser uma decisão de grande importância. Enão ficam nem em Lisboa nem no Porto.
(...)
E assim, graças ao Marquês de Pombal e ao pescador que um dia encontrou uma ânfora em Portimão, aos amigos de Camilo e ao farmacêutico de Penafiel, aos chapeleiros de São João da Madeira e ao rio Arade, que guardou o passado para o devolver quando achou que, finalmente, lhe íamos dar atenção - graças à teimosia e à visão de todos eles parece que, afinal, não vamos perder a memória. "

(Alexandra Lucas Coelho, Ipsílon/Público, 25-08-2010)

Nota: foi também Alexandra Lucas Coelho a escrever no mesmo jornal o artigo sobre "O Museu da Inocência". Terá sido concidência?

Nota 2 - A imagem é do blog do Museu da Chapelaria. Eu nunca lá fui.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Museu da Inocência


“Os verdadeiros museus são lugares onde o Tempo é transformado em Espaço” (p.614)

Andei, durante mais tempo do que seria suposto, acompanhada pela história de Kemal Bey e Füsun. Numa primeira leitura poderíamos pensar que se trata de um romance demasiado obsessivo. Mas a paixão não é sempre obsessiva? Claro que este livro é uma história de amor, mas é a mais bela história de amor que alguma vez li num livro, vi no cinema, li num poema ou ouvi numa música. É uma história cheia de paciência, de lirismo, de humildade, de inocência, claro.
Numa segunda leitura deparamo-nos com a Istambul dos anos 70, num retrato tão fiel que quase acredito ter lá vivido. A forma como o autor nos vai descrevendo todos os locais por onde passou com a sua amada, ou onde simplesmente viu o seu “fantasma”, as personagens com quem se cruza, os objectos que vai freneticamente coleccionando dão uma lição aos sensaborões museus da cidade que existem por esse mundo fora. O Museu da Inocência poderia muito bem transformar-se no Museu da Cidade de Istambul, ou não fossem as cidades mais que memórias daqueles que as habitam.
Na leitura que fiz deparei-me com o tema que mais me importa: os museus. Na minha tese, a determinada altura, comparo, estabelecendo semelhanças e diferenças, o acto de ler um livro ao de visitar um museu (1). Não pensei que um pudesse completar outro, mas neste sentido Orhan Pamuk é um génio:

Foi nessa noite que compreendi que o meu museu precisava de um catálogo anotado, relatando detalhadamente as histórias de cada uma das suas peças. Sem dúvida isso passaria também a fazer parte da história do meu amor por Füsun e da minha veneração”
(…) um escritor teria de redigir um catálogo da mesma forma que escreveria um romance. Mas, não tendo a menor vontade de tentar escrever eu mesmo tal livro, perguntei-me: quem poderia fazê-lo?
Foi assim que acabei por procurar o estimado Orhan Pamuk, que narrou esta história em meu nome e com a minha aprovação.
” (p. 616)

Os objectos como forma de imortalidade

Não sei se acontece com os outros, mas em mim é comum. Muitas vezes guardo objectos que nada têm de especial porque sei que, com essa recolha, prolongo o momento que nessa altura estou a viver. Há dez anos que me acompanha uma belíssima pedra que apanhei na praia em Barcelona, assim como um pedaço de madeira gasto pelo mar de Sines. São também alguns os objectos que, com carinho, guardo do meu avô Cesário: o chapéu de chuva - negro, grande, pesado e com varetas fortes - e a cafeteira azul onde, todas as noites, preparava o café de cevada para beber no dia seguinte (na noite em que morreu preparou o último, que a minha avó demorou a deitar fora). Também durante nove anos, Kemal Bey vai surripiando objectos que lhe fazem lembrar a sua amada. Lhe fazem lembrar? Mais do que isso, estes objectos prolongam a presença de Füsun e suspeito mesmo que, a determinada altura, os objectos e Füsun são uma e a mesma coisa.
Neste sentido, Orhan Pamuk destroí a sentença de Adorno de que os museus se assemelhariam a mausoléus, porque o museu de Kemal Bey é a sua única hipótese de sobrevivência e também a única forma que tem de amar Füsun.

O poder de um objecto jaz indubitavelmente nas memórias que guarda em si, e também nas vicissitudes da nossa imaginação e das nossas memórias.” (p.397)

Os guardas dos museus

Pamuk é inteligente noutra coisa: ele percebe como os museus e, mais especificamente os objectos, precisam de intermediários para poderem falar com todo o seu potencial ao visitante. Mas não fala de catálogos (pelo menos, não como os entendemos), nem de tabelas ou textos explicativos. Fala de gente, fala dos guardas do museus e sabe que a capacidade de fazer ou não falar um objecto depende do grau de amor (e, por conseguinte, de pertença) que o intermediário sente por ele.

“ – Sabe quem me ensinou que o orgulho ocupa o lugar central num museu, Orhan Bey? –perguntou-me Kemal Bey durante outra sessão nocturna no seu sótão – Os guardas dos museus, obviamente. Onde quer que fosse no mundo, os guardas respondiam a todas as minhas questões com paixão e orgulho. (…) Orhan Bey, se alguém fizer uma pergunta no nosso museu, os guardas deverão relatar a história da colecção Kermal Basmaci, o amor que sinto por Füsun e os significados de que os seus pertences se investem, com esse mesmo ar digno. Por favor ponha isto também no seu livro.” (p. 624)

O elogio dos pequenos museus

Numa altura em que (ainda) predomina o gosto por grandes museus – por vezes demasiado grandes e iguais entre si, em muito devido à disseminação do modelo “cubo branco” – Orhan Pamuk elogia a personalidade e originalidade dos pequenos Museus, deixando-nos cheios de inveja porque, à altura da sua morte, o protagonista da história tinha visitado 5723 museus (2) dos quais falava assim:

Senti um enorme consolo, esse mesmo entendimento profundo, ao vaguear pelos museus. Não me refiro ao Louvre ou ao Beaubourg, ou a outros desse tipo, ostentatórios e cheios de gente, refiro-me agora aos muitos museus vazios que encontrei em Paris, às colecções que nunca ninguém visita. (…) Sempre que passeava a sós por museus como aquele [Jacquemart-André, em Paris], sentia-me melhor. Descobria uma sala nos fundos, longe do olhar dos guardas, sempre muito atentos a cada passo que eu dava; com os sons do trânsito e das obras e o ruído urbano que ali entravam vindos do exterior, era como se tivesse entrado num domínio à parte, que coexistia com as movimentadas ruas da cidade mas que não lhe pertencia; e, na sinistra intemporalidade daquele outro universo, encontrava consolo.” (p. 596)

(1) “Walking through a museum is like reading a book” Mieke Bal, Double exposures
(2) entre os quais: o Museu Bagatti Valsecchi em Milão, o Museu Internacional da Perfumaria no Sul de França, o Museu da Vida Romântica em Paris, o Museu de Insectos e Borboletas La Ceiba nas Honduras, o Museu da Medicina Chinesa em Hangzhou, o Museu-Atelier de Paul Cézzane em Aix-en-Provence, o Museu Florence Nightingale, em Londres (onde também visita o Soane’s Museum) e no nosso Museu Romântico da cidade do Porto (na página 624).

Nota minha:
Por vezes, enquanto lia este livro, o meu filho de dez meses entretinha-se a meu lado com o marcador que reproduz a imagem da capa. Por isso ficou todo amarfalhado e poderia também ele fazer parte do meu “museu da inocência”.
(ver capítulo 69, "Por vezes", pp. 483-490)

terça-feira, 10 de agosto de 2010



De férias, no sítio do costume, tento aproveitar para:
escrever alguns textos que há tempos giram em volta da minha cabeça
finalmente experimentar a Diana
tentar explorar as potencialidades escondidas da minha máquina fotográfica

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A flor


"Pede-se a uma criança. Desenhe uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém.
Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu.
Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais.
Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor!
As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor!
Contudo, a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas linhas com que Deus faz uma flor!"
Almada Negreiros

sábado, 24 de julho de 2010

Das férias


Primeiro dente (desde 3 de Junho)
Primeiro cavalinho de baloiço


Gostamos de mantas de retalhos e bolas de sabão

Ah: e foi preciso a mãe ter de preparar a defesa da tese, para eu começar a gatinhar! (desde dia 12 de Julho)

18



arguir 1 acusar; 2 censurar; 3 impugnar; 4 questionar; 5 combater com argumentos; 6 criticar; 7 demonstrar

Pois... Confesso que não foi fácil, a defesa da tese. Primeiro, a costumeira apresentação em power point (era tão bom que a conseguisse transpor para aqui) e depois... perguntas, perguntas, perguntas, umas inteligentes, outras nem por isso, algumas sem nexo. Respondi a tudo e mais alguma coisa, mas a verdade é que nos dois dias seguintes continuei a responder mentalmente a algumas das perguntas para as quais achava que a resposta não tinha sido a mais indicada.
Agora já passou. Tenho ainda alguns volumes cá em casa prontos a distribuir por algumas bibliotecas, mas acho que só depois da férias.
Volto a percorrer a etiqueta "diário de uma tese". Terá um fim aqui? Talvez não, talvez de vez em quando coloque aqui algum excerto.
Afinal de contas, tive 18. dezoito. DEZOITO!
Melhor era impossível.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ready made



Encontrei-as no Domingo, no Alto dos Moínhos e são tão lindas que vão ficar tal como estão!

A defesa


Básico, mas verdade: o que tem de ser tem muita força.
No dia 16 chegou a carta com a data da defesa da tese. É o momento final e mais temido desde que me meti neste mestrado.
Por um lado é óptimo pensar que posso apresentar publicamente o meu trabalho e defendê-lo com unhas e dentes, que vou finalmente ficar livre para as inúmeras tarefas (essencialmente domésticas) que tenho vindo a adiar, para alguns passeios em atraso e para estragar ainda mais o Manuel com mimos. Por outro, as dores de barriga já começaram, imagino a minha garganta a ficar seca no momento da defesa, o coração a querer sair do peito e o pior, não conseguir responder às perguntas que os membros do jurí me fizerem...
Mas, para ser sincera, já tenho saudades de voltar a estudar!

domingo, 20 de junho de 2010

Parque do Bensaúde




Fomos lá a semana passada. Fica aqui pertinho de casa e ainda é um sítio pouco conhecido (esteve fechado muito tempo) e por isso muito tranquilo. Como é um parque (e não um jardim) ainda é meio selvagem e impróprio para carrinhos de bebés. As árvores são lindissímas, só por elas vale a pena ir lá (na planta estavam prometidas umas casas nas árvores, mas não encontrei).
É óptimo para:
ir sozinho e levar um livro
ir em grupo fazer um piquenique
ir com crianças pequenas passear
ir apanhar fresco ao fim da tarde, no verão
(e, infelizmente, também para ficar com um ataque de alergia)

Mais informações e história do parque aqui e aqui

Ele


Gosta de brincar com as coisas mais improváveis (escoadores, molas, rolos de papel higiénico vazios, caixas de ovos),
já tem um dentinho,
anda nos treinos para gatinhar.

Ontem, quando passámos numa livraria mesmo aqui ao pé de casa, comprei-lhe o belíssimo livro "Branco e Negro: Os meus animais"

Entretanto, na impossibilidade de comprar uma caríssima cadeira tripp trapp, descobri umas muito mais baratas e igualmente lindíssimas (e evolutivas) aqui.

sábado, 12 de junho de 2010

Rituais


Quando estou de folga, ao Sábado de manhã - e depois da natação do Manuel -, gosto sempre de ir à Biocoop. Confesso que, se não fosse lá, não compraria tantos legumes. Todos são saborosos e coloridos (depois de ter comido cenouras biológicas, todas as outras me sabem mal).
Não resisto às pequenas abóboras, que utilizo nas sopas do bebé (só não percebo porque é que as cabaças vêm da Argentina, quando há tantas em Portugal!).
Na padaria, o pão de três sementes é o melhor que já comi em toda a minha vida. O café e as empadas de cogumelos também valem muito a pena.
Desde que lá vou já conheci imensos legumes novos, como por exemplo a mizuna (vegetal japonês que costumo usar na sopa).

E é tão bom ver como o frigorífico fica invadido de verde.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Going Green

Como já se reparou ando preocupada com o ambiente que me (nos rodeia). Descobri este fantástico vídeo (mais uma conferência TED) que me enche de vontade de encher a casa (ainda mais) de plantas.
E um blogue para ir espreitando: 365 coisas que posso fazer para diminuir a minha pegada ecológica.
E uma etiqueta nova: Going green

domingo, 23 de maio de 2010

De hoje


Mesmo no último dia, ao fim da tarde, ainda conseguimos ir à feira do livro.
Resultado:
um livro para a mãe (O Museu da Inocência, de Orhan Pamuk) e quatro para o filho!!!

Na fotografia: Onde? Frederico de Leo Lionni (fiquei arrependida de não os ter comprado todos)
Como nos fizemos sócios da APCC ainda ganhámos 3 livros com belíssimas ilustrações e textos:
- O cão e o gato, António Torrado/André Letria
- O menino e a nuvem, Luísa Ducla Soares/Raffaello Bergonse
- O voo do golfinho, Ondjaki/Danuta Wojciechoswska

E ainda, para a mãe e para o filho, duas agendas do Planeta Tangerina.
Faltou comprar O Primeiro Gomo da Tangerina.


Outras coisas:
há uma semana jantei com os meus antigos colegas da livraria Castil, o meu primeiro emprego. Gostei tanto de revêr toda a gente. Às vezes tenho saudades dessa vida de livreira: os livros novos a chegarem, as conversas com os clientes mais assíduos, a azáfama do Natal... Essa experiência foi fundamental na minha formação como pessoa, tive muita sorte em poder passar por isso.
Mais ou menos parecido, às vezes passo por aqui (mas ainda não fui lá fisicamente)


Ah, e odiei o espaço da Leya na feira, tão barulhento, com funcionários a mais a distribuirem coisas desinteressantes e uma moça a contar histórias ao microfone. Bah!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Por falar em livros...


... gostamos muito (mesmo muito) do Viva o Peixinho, da Caminho

sábado, 8 de maio de 2010

Entre nós e a arte


Muitas vezes me questiono sobre a necessidade da minha profissão... Às vezes acho que, sinceramente, estou ali a mais. Um educador de museu deve ter sempre essa consciência: muitas vezes é preferível deixar o público sozinho com a obra, ou vice-versa. Por muito que saibamos, nem sempre devemos ter a pretensão de que os outros querem ouvir o que temos a dizer. Acredito que, entre um homem e uma obra de arte, as palavras estão sempre a mais.

Mentira... (?) Afinal eu sou de história de arte e todos os dias faço visitas orientadas. Felizmente não faço visitas orientadas num museu de arte, senão vivia em constante crise existencial, acabava por enlouquecer e fazer visitas mudas! Idealmente, a visita deveria servir apenas para apresentar pistas, colocar questões, desarrumar ideias... No dia a dia não é isso que acontece! Acabamos sempre por falar mais do que devemos e, muito sinceramente, acho que estorvamos a comunicação entre o grupo e o espaço do museu, conjuntamente com as obras aí expostas. O equilíbrio é difícil, senão mesmo impossível!
A única coisa que me consola é que eu própria gosto de ir assistir a visitas noutros museus, aprendo imenso e fico com uma visão diferente das exposições. Desde que o orientador da visita não seja demasiado chato...

"Agora, entra um grupo de senhoras com um senhor que as guia. O guia sabe tudo e quer que os outros saibam que sabe tudo. Cita datas, factos, interpretações, anedotas. Não há pausa no seu falar. As ouvintes estão esmagadas. Para não serem mais esmagadas, começam a bichanar entre elas. Comentam a gravata que o guia traz. Ele continua a falar. Enquanto aponta para a tela de Jan Weenix "Pavão e Troféus de Caça", uma das senhoras, a mais mundana, sussurra: "Sabe tanto de arte, mas não sabe vestir. A gravata é medonha e o casaco feiíssimo." Aquela a quem diz disto riem num murmúrio. O professor, com a sua gravata e o seu casaco vilipendiados sem que o saiba, fala dos pintores do barroco espanhol. Aponta para o quadro de Antonio de Pereda Salgado "Natureza-Morta com Empada, Legumes e Aprestos de Cozinha!. Depois, fala da tela de Juan Sánchez Cotán "Natureza-Morta com Flores, Legumes e Cesto de Cerejas" Explica, relaciona, elucida, esclarece - prolixo, minudente, precioso. A certa altura, já ninguèm o ouve, já ninguém olha. Só ele se ouve. Só ele vê."
José Manuel dos Santos, "Os Cinco Sentidos", Actual/Expresso, 27 de Março 2010