quarta-feira, 4 de julho de 2012

Era uma vez um pinhal...


Há sítios que são casulos de esperança. São muito raros de encontrar e, quem tem essa sorte, pode considerar-se mil vezes felizardo. E nós somos!
Este fim-de-semana, fomos ao Pinhal das Artes. Fomos porque me importa a educação artística (que para mim equivale e educação cívica, também) do Manuel e porque me esforço para que ele tenha acesso ao máximo de experiências possíveis (sem o levar ao limite e não descurando os dias passados em casa a fazer “nada” ou os passeios de jardim). Desconfio que, enquanto me “esforço” com isto, eu própria como mãe e pessoa aprendo imenso.
Podia escrever muita coisa sobre o que fizemos e o que vimos no Pinhal das Artes, mas nunca conseguiria transmitir o ar que ali se respira. Por isso, passo…
O que me impressionou, o que me deixa realmente contente é que vi um projeto com dezenas de pessoas envolvidas de alma e coração (a maior parte voluntários) e uma comunidade que parece encontrar-se na e para arte, numa troca mútua em que todos dão e ninguém perde. São tão poucos estes projetos em Portugal, socialmente implicados e sem perder qualidade artística… E, acho eu, que faz falta a outras instituições culturais portuguesas olharem para estes exemplos, não para serem iguais, mas para realmente poderem refletir que papel querem ter no mundo contemporâneo e na(s) comunidade(s) em que estão inseridas. (Os museus também podem ser assim, não podem?)
Concluindo, não sei se fui eu ou a cria que aproveitou mais… Cada um aproveitou à sua maneira, mas cada vez acredito mais que os projetos para crianças também ajudam a educar os pais. E isto tem sido muito importante para mim como mãe e como profissional da área da cultura.
Só posso agradecer a todos os que tornaram isto possível.

Para conhecer um pouco mais do (inspirador) Paulo Lameiro, aqui está uma entrevista feita pela Laurinda Alves

O primeiro xadrez

As carpas Koi

A alface plantada no jardim mandala da Eunice