segunda-feira, 24 de maio de 2010

Going Green

Como já se reparou ando preocupada com o ambiente que me (nos rodeia). Descobri este fantástico vídeo (mais uma conferência TED) que me enche de vontade de encher a casa (ainda mais) de plantas.
E um blogue para ir espreitando: 365 coisas que posso fazer para diminuir a minha pegada ecológica.
E uma etiqueta nova: Going green

domingo, 23 de maio de 2010

De hoje


Mesmo no último dia, ao fim da tarde, ainda conseguimos ir à feira do livro.
Resultado:
um livro para a mãe (O Museu da Inocência, de Orhan Pamuk) e quatro para o filho!!!

Na fotografia: Onde? Frederico de Leo Lionni (fiquei arrependida de não os ter comprado todos)
Como nos fizemos sócios da APCC ainda ganhámos 3 livros com belíssimas ilustrações e textos:
- O cão e o gato, António Torrado/André Letria
- O menino e a nuvem, Luísa Ducla Soares/Raffaello Bergonse
- O voo do golfinho, Ondjaki/Danuta Wojciechoswska

E ainda, para a mãe e para o filho, duas agendas do Planeta Tangerina.
Faltou comprar O Primeiro Gomo da Tangerina.


Outras coisas:
há uma semana jantei com os meus antigos colegas da livraria Castil, o meu primeiro emprego. Gostei tanto de revêr toda a gente. Às vezes tenho saudades dessa vida de livreira: os livros novos a chegarem, as conversas com os clientes mais assíduos, a azáfama do Natal... Essa experiência foi fundamental na minha formação como pessoa, tive muita sorte em poder passar por isso.
Mais ou menos parecido, às vezes passo por aqui (mas ainda não fui lá fisicamente)


Ah, e odiei o espaço da Leya na feira, tão barulhento, com funcionários a mais a distribuirem coisas desinteressantes e uma moça a contar histórias ao microfone. Bah!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Por falar em livros...


... gostamos muito (mesmo muito) do Viva o Peixinho, da Caminho

sábado, 8 de maio de 2010

Entre nós e a arte


Muitas vezes me questiono sobre a necessidade da minha profissão... Às vezes acho que, sinceramente, estou ali a mais. Um educador de museu deve ter sempre essa consciência: muitas vezes é preferível deixar o público sozinho com a obra, ou vice-versa. Por muito que saibamos, nem sempre devemos ter a pretensão de que os outros querem ouvir o que temos a dizer. Acredito que, entre um homem e uma obra de arte, as palavras estão sempre a mais.

Mentira... (?) Afinal eu sou de história de arte e todos os dias faço visitas orientadas. Felizmente não faço visitas orientadas num museu de arte, senão vivia em constante crise existencial, acabava por enlouquecer e fazer visitas mudas! Idealmente, a visita deveria servir apenas para apresentar pistas, colocar questões, desarrumar ideias... No dia a dia não é isso que acontece! Acabamos sempre por falar mais do que devemos e, muito sinceramente, acho que estorvamos a comunicação entre o grupo e o espaço do museu, conjuntamente com as obras aí expostas. O equilíbrio é difícil, senão mesmo impossível!
A única coisa que me consola é que eu própria gosto de ir assistir a visitas noutros museus, aprendo imenso e fico com uma visão diferente das exposições. Desde que o orientador da visita não seja demasiado chato...

"Agora, entra um grupo de senhoras com um senhor que as guia. O guia sabe tudo e quer que os outros saibam que sabe tudo. Cita datas, factos, interpretações, anedotas. Não há pausa no seu falar. As ouvintes estão esmagadas. Para não serem mais esmagadas, começam a bichanar entre elas. Comentam a gravata que o guia traz. Ele continua a falar. Enquanto aponta para a tela de Jan Weenix "Pavão e Troféus de Caça", uma das senhoras, a mais mundana, sussurra: "Sabe tanto de arte, mas não sabe vestir. A gravata é medonha e o casaco feiíssimo." Aquela a quem diz disto riem num murmúrio. O professor, com a sua gravata e o seu casaco vilipendiados sem que o saiba, fala dos pintores do barroco espanhol. Aponta para o quadro de Antonio de Pereda Salgado "Natureza-Morta com Empada, Legumes e Aprestos de Cozinha!. Depois, fala da tela de Juan Sánchez Cotán "Natureza-Morta com Flores, Legumes e Cesto de Cerejas" Explica, relaciona, elucida, esclarece - prolixo, minudente, precioso. A certa altura, já ninguèm o ouve, já ninguém olha. Só ele se ouve. Só ele vê."
José Manuel dos Santos, "Os Cinco Sentidos", Actual/Expresso, 27 de Março 2010