Foi, enfim, a escolha possível para uns dias de férias em que as outras casas da família estavam ocupadas - porque o orçamento familiar é pior do que o de Estado, no que toca a contenção.
Eu lembro-me de acampar com os meus pais, quando era pequenina, numa daquelas maravilhosas tendas em forma de casa dos anos 80 (até tinha uma janela!). Depois disso fui apenas uma campista esporádica em festivais e dias de namoro.
Agora, com um filho, as coisas são um pouco diferentes. A nossa família não tinha os apetrechos de todos os outros campistas profissionais: fogões com dois bicos, mesas, cadeiras, cordas para a roupa e outras quantas parafernálias. Uma manta no chão, refeições tipo piquenique, tenda do mano, saco-cama antigo do pai, colchões da sogra e tudo se safou da melhor e mais improvisada maneira.
Surpreendi-me com a bondade dos outros campistas, como um vizinho que nos ofereceu electricidade, ou outro que foi pôr o chapéu de sol a fazer sombra a mim e ao Manuel enquanto dormíamos uma sesta ao ar livre. Irritei-me em silêncio com outros que ouviam rádio toda a noite e fui menos feliz quando nos calhou ao lado uma família que ressonava (ups!).
O parque - São Miguel, em Odeceixe - tem óptimas condições e ciclos de cinema à noite, para pequenos e grandes.
Foi cansativo, principalmente porque o Manuel andava a mil de tanta felicidade (sim, uma criança de 4 anos a mil é difícil de gerir!), mas foi diferente e divertido. Talvez se repita.