"Do not ask me who I am and do not ask me to remain the same: leave it to our bureaucrats and our police to see that our papers are in order. At least spare us their morality when we write." Michel Foucault
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Nada como um bom amuo
Encontrei esta música dos Clã e fiquei muito contente… É que eu sou de amuos e nunca tinha encontrado nada a defendê-los!
Lembrei-me de quando tinha 15 anos, de quando tinha 16, de quando tinha 17, de quando tinha 20, de quando tinha 25… E lembrei-me também que, agora que chego aos 30, reconheço os benefícios de um bom amuo. Para “depois voltar, como se nada fosse, e reencontrar o lugar guardado por um bom amuo”.
(e não me contrariem porque eu não gosto).
“Vejo que estás mais crescida
Já dobras a frustração
Bates com a porta ao mundo
Quando ele te diz não
Envolves o teu espaço
Na tua membrana ausente
Recuas atrás um passo
Para depois dar dois em frente
Amuar faz bem
Amuar faz bem
Ficas descalça em casa
A fazer a tua cura
Salva por um bom amuo
De fazer má figura
Amanhã o mundo inteiro
Vai perguntar onde foste
E tu dizes apenas
Que saíste viajaste
Amuar faz bem
Amuar faz bem
Nada como um bom amuo
Apenas um bom recuo quando nada sai bem
E depois voltar
Como se nada fosse
E reencontrar o lugar
Guardado por um bom amuo”
(a letra é de Carlos Tê e pode ser ouvida aqui. A imagem é um quadro de Kirchner.)
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Dezembro é assim…
… anoitece mais cedo e mesmo que não anoitecesse ficaríamos em casa na mesma.
O computador ligado e eu resisto, sentada no sofá, enrolada numa manta, com o chá à frente… Sim, sou preguiçosa. E não gosto! Não gosto porque no fim do dia, lá para as 11h., começo a ficar angustiada… “era para ter feito a recensão crítica e não fiz”, “devia ter aspirado a casa”, “a roupa está fora do sítio”, “ainda não comecei o trabalho sobre a gratuitidade nos museus”… E vou dormir com isto tudo na cabeça. Depois tenho pesadelos.
Ser preguiçosa é para mim a causa dos meus maiores azares, como não ganhar mais, não ser muito mais culta, não fazer mais do que faço. Apesar disso a maioria das pessoas acha que faço muito: o trabalho a tempo inteiro, o mestrado (a menos tempo do que gostaria), as explicações, o budismo, a casa… Eu, acho que é pouco. Sobretudo começo a pensar se algo disto terá alguma importância.
Talvez importante seja mesmo o chá, o sofá, um cd novo a tocar, as mãos dadas…
(e prometo voltar à recensão, à gratuitidade e ir ver o filme sobre os Joy Division para a semana).
Subscrever:
Mensagens (Atom)