"Do not ask me who I am and do not ask me to remain the same: leave it to our bureaucrats and our police to see that our papers are in order. At least spare us their morality when we write." Michel Foucault
quinta-feira, 30 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Apaixonei-me (outra vez?!)
Como é que ainda ninguém me tinha falado deste homem???
O vídeo é pouco próprio para uma grávida. A letra, do próprio Gonzalez, é... (não tenho palavras)
Jose Gonzalez - Cycling Trivialities
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Like common people
É a música dos Pulp que teima em não sair da minha cabeça nos últimos dias. Estou de férias, mas não muito - a tese ainda não se emancipou, estou a tentar acabar um capítulo e amanhã vou entrevistar o director do museu. Espero avançar o máximo possível antes do Manuel nascer, mas não posso dizer que isso não provoca em mim alguma ansiedade. Daí ter vontade de me tornar uma pessoa vulgar, daquelas que nunca têm teses para fazer (Smoke some fags and play some pool, pretend you never went to school).
Nos últimos dias:
Sexta - fomos inscrever o Manuel em mais um infantário. Desta vez foi a creche de São José, aqui perto de casa. Foi a que gostei mais até agora: tem um imenso espaço exterior, uma horta, são só 40 meninos até aos 3 anos e a educadora era muito querida. Era mesmo óptimo que o bebé ficasse lá, acho que ele ia gostar do sítio.
Sábado - tese e mais tese e mais tese e a noite no São Luiz a ver demo dos Praga. Bom texto (ou diria, bons fragmentos de texto), mas a não-encenação sabe-se lá do quê não faz o meu género. Eles divertem-se, o público não tanto (tinha achado mais piada se pudesse estar no palco e tomasse banhos com os crocodilos). Talvez tenha um gosto mais para o clássico a nível teatral (não se pode ser contemporâneo em tudo, parece). No blog eles parecem melhor. Talvez sejam.
Domingo - Tese e mais tese e visita ao Samuel, de 5 meses, que será amigo do rapaz cá da barriga, que já herdou algumas roupinhas jeitosas. Bebé muito bonito e sorridente e pais felizes.
Eu quero mesmo ser como uma pessoa vulgar e ler A vida nos bosques (que não há na Biblioteca Camões :(
Ir
Fui para os bosques porque pretendia viver deliberadamente,
defrontar-me apenas com os factos essenciais da vida,
e ver se podia aprender o que ela tinha a ensinar-me, em vez
de descobrir à hora da morte que não tinha vivido.
domingo, 19 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Aquarela - Toquinho
Numa folha qualquer
eu desenho um Sol amarelo
E com 5 ou 6 rectas é fácil fazer um castelo
Com o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com 2 riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando contornando a imensa curva
Norte e Sul
Vou com ela viajando
Havai, Pequim ou Istambul
Pinto um barco à vela
branco navengando
é tanto o céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião
rosa grená
tudo em volta colorindo
com as suas luzes a piscar
Basta imaginar
e ele está partindo sereno e lindo
Se a gente quiser
ele vai pousar
Numa folha qualquer
eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos
bebendo de bem com a vida
De uma América à outra
eu consigo passar num segundo
giro um simples compasso
e num círculo em faço o mundo
Um menino caminha
e caminhando chega no muro
E ali logo em frente
a esperar pela gente
o futuro está
E o futuro é uma astronave
que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
muda a nossa vida
e depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
conhecer ou ver
o que virá
o fim dela ninguém sabe
bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela
que um dia em fim...descolorirá
Numa folha qualquer
eu desenho um Sol amarelo (que descolorirá)
E com 5 ou 6 rectas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso
num círculo eu faço o mundo (que descolorirá)
domingo, 5 de julho de 2009
Kepa Junkera
Vi ontem no cinema São Jorge o concerto de Kepa Junkera. Valeu muito a pena, como se pode avaliar pela qualidade da música.
Mais músicas aqui: http://www.myspace.com/kepajunkera
Como o florir das ondas ordenadas
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia de Mello Breyner Andersen