Há sítios que são casulos de esperança. São muito raros de
encontrar e, quem tem essa sorte, pode considerar-se mil vezes felizardo. E nós
somos!
Este fim-de-semana, fomos ao Pinhal das Artes. Fomos porque
me importa a educação artística (que para mim equivale e educação cívica,
também) do Manuel e porque me esforço para que ele tenha acesso ao máximo de
experiências possíveis (sem o levar ao limite e não descurando os dias passados
em casa a fazer “nada” ou os passeios de jardim). Desconfio que, enquanto me “esforço”
com isto, eu própria como mãe e pessoa aprendo imenso.
Podia escrever muita coisa sobre o que fizemos e o que vimos
no Pinhal das Artes, mas nunca conseguiria transmitir o ar que ali se respira.
Por isso, passo…
O que me impressionou, o que me deixa realmente contente é
que vi um projeto com dezenas de pessoas envolvidas de alma e coração (a maior
parte voluntários) e uma comunidade que parece encontrar-se na e para arte,
numa troca mútua em que todos dão e ninguém perde. São tão poucos estes projetos
em Portugal, socialmente implicados e sem perder qualidade artística… E, acho
eu, que faz falta a outras instituições culturais portuguesas olharem para
estes exemplos, não para serem iguais, mas para realmente poderem refletir que
papel querem ter no mundo contemporâneo e na(s) comunidade(s) em que estão
inseridas. (Os museus também podem ser assim, não podem?)
Concluindo, não sei se fui eu ou a cria que aproveitou mais…
Cada um aproveitou à sua maneira, mas cada vez acredito mais que os projetos
para crianças também ajudam a educar os pais. E isto tem sido muito importante
para mim como mãe e como profissional da área da cultura.
Só posso agradecer a todos os que tornaram isto possível.
Para conhecer um pouco mais do (inspirador) Paulo Lameiro,
aqui está uma entrevista feita pela Laurinda Alves
O primeiro xadrez |
As carpas Koi |
A alface plantada no jardim mandala da Eunice |
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