segunda-feira, 13 de outubro de 2014

1, 2, 3, 4, 5 (e uma festa de dinossauros)

Aos 5 anos, acho que ele gosta de tudo. Parece que não há nada que não lhe possa interessar, desde fósseis, a dinossauros, cozinha, arte, futebol, sei lá... Faz perguntas engraçadas como, "Mas, mãe, as múmias estão vivas ou mortas?"
Quando sai da escola ainda pede colo. Eu ainda dou (e tenho tantas saudades da altura em que ele cabia no sling).
A meio da noite ainda grita: "Mããããe!", elevando o volume até eu chegar efectivamente lá.
Na manhã em que fez 5 anos disse-lhe "Parabéns, filho!" e ele respondeu "Parabéns, mãe!"
Dizemos muitas vezes "amo-te", mas também nos zangamos e, claro, pedimos desculpa.
Pergunto-me mil vezes se estou a fazer bem ou mal. Provavelmente nunca irei saber, porque se calhar não há "bem" nem "mal"... Quem leu Arno Gruen sabe bem do poder das mães, seja ele consciente ou inconsciente. Talvez não haja nada a fazer, só estar lá, para o que der e vier.
O que eu quero mesmo é que ele seja
livre
feliz
inteiro
(inteligente e culto, se der)

Perguntei-lhe sobre a festa. Disse que queria de dinossauros, para meu espanto, porque até aí o assunto parecia não lhe interessar.
Lá fizemos os dinossauros, eu decorei nomes inimagináveis, ele pintou uns quantos. O meu maravilhoso irmão cozinheiro fez uma dino-melancia cujo único defeito era ser efémera. O meu outro irmão ajudou a tomar conta dos putos (vêem, como os irmãos são importantes?) Convidámos 10 meninos. Nasceram dinossauros lá em casa e agora, todos os fins-de-semana, a minha casa é um campo de arqueologia (graças aos brinquedos da Science4you).

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