segunda-feira, 30 de novembro de 2015

do verbo "aborrecer"

Sim. É o tempo outra vez. Só não sei se é o tempo repetido ou só a falta tempo. A última vez que escrevi ainda era verão e ainda podia vestir vestidos às flores. Tudo mudou desde daí, excepto o cd que continua a ser o mesmo no carro. No outono nada me anima, a não ser talvez abrir um romã e olhar espantada a sua cor. Procuro na estante um livro de poesia que não encontro e que portanto não me salvará da monotonia quotidiana. Pilhas de coisas para arrumar. Os desenhos do miúdo que continuam aqui numa pasta, à espera de um post. Fiz uma viagem e ouvi falar outras línguas. Lembrei-me do Budapeste do Chico Buarque - é um livro tão bonito quanto o autor. O rapaz cresce e tem personalidade e exigências - e eu não quero passar o tempo todo em disputas de poder. Aborreço-me, desinteresso-me. A vida não é sempre solar.

domingo, 20 de setembro de 2015

Um livro e uma banda sonora.

Parece que algo caracteriza 2015. Uma ida a Mértola e à feira islâmica, o concerto no Largo do Intendente dedicado ao poeta rei Al-Mu'tamid, que acabou por se tornar a banda sonora inúmeras vezes repetida, a que se juntou o livro dedicado ao mesmo.
Falta-me uma ida a Silves e a Sevilha, que ficarão para outro tempos. Outra vida tivesse e iria aprender árabe.

"Ao recolher-me na escrita, consigo, por vezes, na diversidade das circunstâncias, distinguir uma figura que se assemelha à natureza da pessoa que terei sido. Mas, mal tento chegar mais perto, pareço um viajante a observar uma terra estranha."
Ana Cristina Silva, Crónica do Rei-Poeta Al-Mu'tamid

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Vontade de dançar e de sorrir

"Why can't you take the leaf off your mouth? Now that you have the facts on your side Take a moment to reflect who we are Let reason guide you, See old tracks lead you out from the dark Have a life its life, work makes up you and I What it takes this right, when we need to survive Yeah we flourish and die, what it means to be alive What it means to be alive" José Gonzalez

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Uma prenda para a mãe

Durante muitas noites fizemos teatrinhos de sombra. Utilizávamos as marionetas ou as mãos para fazer silhuetas que projectávamos nas paredes com a ajuda do candeeiro da mesa de cabeceira. Era uma brincadeira antes de dormir que o M. gostava muito, mas que já não fazemos há muito tempo.
Agora, depois de ter estado uma semana com os meus sogros, preparou-me esta maravilhosa surpresa. É o mais bonito teatro de sombras que já vi, claro. 
E, sobretudo, fiquei contente com a iniciativa e empenho.

domingo, 23 de agosto de 2015

Despojos de Verão | 2015

Persisto em continuar a coleccionar conchas e paus de estranhas formas.
Cabanas e Santo André.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Outros jardins


Jardins improvisados,
jardins abandonados,
jardins vadios,
jardins selvagens,
jardins ferrugentos,
jardins familiares,
jardins despretensiosos.
Jardins.

/aqui, perto de Casebres, quando ainda a Primavera começava/

Brincadeira de férias

Penso que os Playmobils lá de casa devem ser bastante felizes!