domingo, 23 de março de 2008

Are museums for high culture or low?



Esta é uma frase do artigo "Museums Refine the art of Listening" que saiu hoje no New York Times. Já sabemos da importância dos estudos de público para perceber quem nos visita e, não menos importante, quem não o faz e porquê. Mas o que oferecem os museus em troca? Que pertinência podem ter estes estudos na curadoria de exposições, na arquitectura de museus, na forma como recebemos o público? Parece que a questão vai ainda mais longe quando nos perguntamos se os museus correm o risco de baixarem demasiado o nível com o objectivo de conseguirem atingir mais visitantes (o que muitas vezes significa também conseguirem mais verbas).
Talvez esta não seja a forma mais correcta de pôr a questão. Quem gosta de museus, quem trabalha neles, quer divulgá-los e receber os visitantes da melhor forma possível. Ninguém gosta de uma exposição cansativa e sem os mínimos recursos de leitura. Também ninguém nasce ensinado. Os museus devem abrir as portas, permitir o conhecimento das colecções, ter espaços de descanso e aprendizagem nas exposições e disponibilizar o máximo de informação possível sobre as exposições. Acho que isso não custa muito, mas conheço poucos museus onde é feito.
Achei muito boa ideia esta sala do Hamburguer Bahnhof (primeira foto), com frases de artistas e livros sobre arte contemporânea (para já não falar da linguagem pouco pretenciosa, mas muito interessante, do audio-guia gratuito!). Na segunda foto (do artigo) um "learning lounge" no San Francisco Museum of Modern Art, com catálogos e excertos de conversas com artistas.

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