terça-feira, 18 de março de 2008

Sair de casa para ir aqui


Umas horas de caminho, só para ver esta exposição.
E vale a pena, ver trabalhos de Rauschenberg que, não sendo aqueles a que estamos habituados, nos ajudam a perceber o processo criativo do artista e forma como ele se envolve com os sítios por onde passa. Fantásticas peças, sobretudo as do período indiano, feitas com tecidos. os "jammers".
Como diz o texto do desdobrável:
"No ashram de Ahmadabad (Índia, 1975), fascinado com a beleza dos tecidos, as suas cores quantes e vivas, os processos milenares da sua tintagem e estampagem, Rauschenberg inicia uma série de colaborações com artesãos locais. Aí terá tido origem a série "Jammers", nome derivado de "windjammer" (veleiro). A metáfora náutica de um veleiro associava um material - o tecido das suas velas - à acção humana e à natureza."
Um senão: o audioguia. Comparado com os dos museus de Berlim, pouco pretenciosos e fazendo a ponte entre o espectador e a obra, o texto de Serralves é pouco prático, demasiado literário. Resumindo: um audioguia não é um catálogo de exposição nem um texto para experts.

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