segunda-feira, 4 de maio de 2009

Arquivo Universal




As únicas palavras possíveis para esta exposição são: "a não perder".
Confesso que estava com algum receio da montagem: imaginava uma série de paredes cheias de fotografias e um percurso monótono. Mas não, primeiro porque não se trata só de fotografia, mas também do modo como ela alterou a nossa forma de relacionamento com a arte (veja-se "O Museu Imaginário") e com a forma de fazer exposições.
Sublinho:
1 - A reconstrução do interior do Pavilhão soviético desenhado por Lissitsky, cujo texto refere:
"As exposições fotográficas planeadas por El Lissitsky, entre 1928 e 1930, estabeleceram um novo modelo, com origem nas rupturas epistemológicas e nas ideias de uma "nova visão" da era da revolução soviética. Este paradigma estender-se-ia pela Europa ocidental através dos desenhadores e arquitectos da Bauhaus e seria absorvido pela estética totalitarista dos novos regimes fascistas em Itália e na Alemanha dos anos de 1930. A sua chegada aos Estados Unidos, pala mão de Herbert Bayer, no contexto propagandístico da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria, reflectir-se-à em várias exposições do MoMA, em Nova Iorque, culminando com The Family of Man, em 1955."
2 - Os painéis reproduzindo os estudos de Aby Warburg:
" O método ivonológico introduzido na história de arte por Aby Warburg é baseado na classificação de formas invanriantes encontradas na arte de um variado leque de períodos e origens geográfias. O método pressupõe a existência de uma dimensão estética subjacente antropológica por natureza, e que atravessa diferenças sociais, culturais e históricas. A reprodução fotográfica permite a classificação, o arquivo e a justaposição de imagens. É também uma forma de introduzir a lógica positivista nas ciências humanas."

Na última foto: vista da exposição de Peter Kogler (até ao fim do mês)

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