segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A felicidade captada em analógico

Deste projecto saíram esta imagens: imperfeitas, nubladas, com cores que não são as de hoje... Mas, para mim, estão maravilhosas!
O Verão ficou longe, mas só agora no resto dos dias deste ano, organizei as fotografias.
Aqui seremos sempre felizes!





O Verão dele...

... foi passado com uma máquina fotográfica daquelas descartáveis e analógicas. Quando carregava no botão deixava sempre descair um pouco a máquina, mas ficaram algumas experiências bonitas!



sábado, 28 de dezembro de 2013

Sorte

Foi uma sorte ter descido a rua naquele dia, àquela hora e ter olhado para a montra da loja em segunda mão em que quase nunca entro. Apaixonei-me logo! Há muito tempo que procura uma cidade de madeira para o Manuel, mas é tudo caro e menos bonito. Esta foi um achado maravilhoso!

 

 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Inspiração para 2014


Um dos meus objectivos para 2013 foi fazer mais exercício. Comecei a correr porque é grátis, é um exercício ao ar livre e porque é um momento em que não tenho de pensar em mais nada, só em correr. Para mim, tornou-se um exercício de liberdade.
Não fui muito longe (acho que corri umas dez vezes durante todo o ano), mas também não desisti.
2014 está à porta e este vídeo é mesmo inspirador!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

"Os Enamoramentos", Javier Marías

"É a horrível força do presente, que esmaga o passado tanto quanto o distancia, e que além disso o falseia sem que o passado possa abrir a boca, nem protestar nem contradizê-lo nem refutar-lhe seja o que for."

"Sim, somos todos arremedos de pessoas que quase nunca chegámos a conhecer, de gente que não se aproximou ou passou ao largo na vida daqueles que amamos agora, ou que então se deteve mas se cansou passado um tempo e desapareceu sem deixar rasto ou só a poeirada dos pés que vão fugindo, ou que morreu para aqueles que amamos causando-lhes uma ferida mortal que quase sempre acaba por fechar. Não podemos pretender ser os primeiros, ou os preferidos, somos apenas o que está disponível, os restos, as sobras, os sobreviventes, o que vai ficando, os saldos, e é com esses pouco que se solidificam os maiores amores e se fundam as melhores famílias, é essa a proveniência de nós todos, produto que somos da casualidade e do conformismo, dos descartes e das timidezas e dos fracassos alheios, e ainda assim daríamos às vezes fosse o que fosse para continuarmos junto de quem resgatámos um dia de um sótão ou um leilão, ou que nos coube em sorte num jogo de cartas ou apanhámos nos desperdícios; inverosimilmente conseguimos convencer-nos dos nossos infelizes namoros, e são muitos os que julgam ver a mão do destino no que não é mais que uma briga de aldeia quando o Verão já agoniza..."

 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

"Even the smallest person can change the course of the future”

Diz-se que “filho és, pai serás” como uma forma de ameaça, como quem diz: “o que fizeres de mal, também o acharás”. Não costuma dizer-se. “filha és, mãe serás”, mas a genética é uma ciência (talvez exata) e “quem sai aos seus não degenera”.
Se alguém, por acaso, ler este post e não me conheça, fique a saber que sou uma moça pequena (“mignon” para os que costumam ser mais simpáticos): mal passo dos 150 cm e quanto a quilos nem vou dizer para não suscitar invejas de maior… Não é um fator de que goste particularmente principalmente porque passo despercebida em qualquer sítio, às vezes tenho de procurar sapatos em lojas de criança e quando ia a concertos (no século passado) não via nada a não as cabeleiras a imitar o Robert Smith à minha frente…
As piores memórias que tenho de infância relacionam-se com a comida: comer era para mim uma verdadeira seca e uma perda de tempo, demorava sempre horas que me pareciam intermináveis e a única pessoa que me compreendia era o meu avô Cesário que dizia; “A menina já tem avondo, não é preciso comer mais”. Para além disso lembro-me bem do sofrimento dos meus pais quando na rua as pessoas lhes diziam: “mas está tão magrinha, coitadinha!” E estive sempre “tão magrinha, coitadinha” até ter o Manuel (não que agora esteja gorda, mas já escapo aos comentários mais infelizes).
Pela forma como comecei o texto, já devem estar a adivinhar: sim, o Manuel é igual, exatamente igual! Felizmente foi amamentado até (bastante) tarde, mas nunca quis saber de biberão nem sequer de papas Cerelac (incrível, não é?). Acho que até aos 2 anos ele não comeu quase nada e a única coisa que me salvou de ficar neurótica (salvou mesmo!) foi o livro “Mi niño no me come” do Carlos González. A saga continua todas as noites com um novo episódio e recentemente dois novos dados vieram desacalmar-me (esta palavra não existe, eu sei). Primeiro, no colégio, a educadora veio pedir-me muito gentilmente para ele lá em casa comer de faca e garfo: na verdade, se ele comesse, já seria de faca e garfo, mas ele acha que a faca é um foguetão e o garfo é a lua e quando eu digo com cara séria “Manuel, por favor, come!”, ele dá-me um beijinho e cala-me… E no fim, acabo por ser eu a dar-lhe a comida, claro!
Depois, a pediatra (a sério, eu já tinha desistido do primeiro pediatra por causa disto!) achou que ele estava pequeno e lá saímos da consulta com uma requisição para um raio-X e um hemograma, “pelo sim, pelo não”.
E ele come? Sim, ele come: três horas depois e com ajuda, mas come…

Bibligrafia: “Come a sopa, Marta” de Marta Torrão (outra como eu)
Mi niño no me come” de Carlos González

Dados encorajadores:
Daniel Radcliffe = 1,65m/altura
Dustin Hoffman = 1,66 m/altura
Lionel Messi = 1,69 m/altura
Humphrey Bogart = 1,74 m/altura
Fred Astaire = 1,75m/ altura

Para acabar, como comecei: “Homem pequenino, ou velhaco ou bailarino!”

(e a frase do título é do Senhor dos Anéis, o Frodo/Elijah Wood tem 1,65m de altura)

domingo, 15 de dezembro de 2013

sábado, 14 de dezembro de 2013

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Calendário do advento

Procurei alguns na net, mas na realidade nenhum me encheu as medidas e todos levavam algum tempo a fazer. Aproveitei uma idea do site Playful learning, que adoro, mas em vez de frases sobre a família escrevi pequenas actividades para fazer com o Manuel, de forma a tornar o advento mais rico em criatividade. Depois, foi só encher o frasco de uma maneira qualquer...

Vou mostrando algumas das surpresas que as noites e os pequenos papéis enrolados ou dobrados nos trazem.

(também temos um calendário daqueles com chocolates, claro!)

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

d e s o r d e m

Porque é que a vida dos outros me parece sempre tão certa, tão alinhada, tão dentro do tempo? Todos os fios de cabelo no sítio certo, roupa sem vincos, caras sorridentes...
E a minha, sempre em desalinho, em correrias, em desacertos? Sempre coisas que nunca se acabam de arrumar, meias desencontradas, cabelos fora fora do sítio, tarefas que jamais consigo acabar, planetas em trânsitos estranhos, atrasos e nervos à flor da pele...

Porquê?

"(...) Mas não é por isso que eu tenho uma tara pelo Tiffany's. Ouve. Sabes aqueles dias em que temos o ferro em brasa na cabeça?
- Como estar com a telha?
- Não - respondeu ela, lentamente - Não, a telha é porque estamos a ficar gordos ou às vezes porque a chuva nunca mais pára. Ficamos tristes, pronto. Mas o ferro em brasa é horrível. Temos medo e suamos como tudo, mas não sabemos do que é que temos medo, a não ser que é uma coisa má que nos vai acontecer, mas não sabemos o que é. Nunca sentiste isso?
- Várias vezes. Há quem lhe chame ansiedade.
- Como queiras, ansiedade. Mas como é que te livras disso?
- Bem, um copo pode ajudar.
- Isso eu já tentei. Também tentei a aspirina. O Rusty acha que eu devia fuma marijuana, o que eu fiz por uns tempos, mas só me dá vontade de rir. Descobri que o que me faz melhor é apanhar um táxi e ir até ao Tiffany's. Fico logo mais calma com a serenidade e ar digno que aquilo tem. Não há nada de realmente terrível que nos possa acontecer ali, com aqueles homens de fatos janotas, e o cheiro fantástico da prata e das carteiras de crocodilo. Se eu encontrasse um sítio da vida real que me fizesse sentir como o Tiffany's, não hesitava em comprar mobília e dar um nome ao gato."
Truman Capote, Boneca de Luxo (sim, o título em inglês é muito mais apelativo)


domingo, 1 de dezembro de 2013

Em Dezembro, Santa Claus is coming to town


Mesmo que não quisesse, ser mãe de um filho de 4 anos traz os seus benefícios e comemorar o Natal com requintes é um deles. As músicas no carro repetem-se e felizmente que encontrei umas em versão de jazz, o pinheiro também foi uma exigência e lá fomos ao CCB comprar a dita árvore "verdadeira". Também trouxemos um presépio da PUKACA e mais umas prendinhas da Ana Oliveira.




Ontem, o programa foi ir ver as iluminações de Natal e a respectiva inauguração de circunstância que nunca faria antes da minha condição de mãe, mas achei que todos o miúdos, incluindo o meu, gostam de fogo de artifício (eu gosto desde sempre, confesso). Nada de mais errado! A cria agarrou-se aos ouvidos e começou a chorar que queria ir para casa! Felizmente o resto do passeio, pela baixa e pelo Chiado, foi mais calmo e ainda assistimos a um mini concerto de Natal, no Largo Camões, que salvou a noite.