domingo, 1 de fevereiro de 2015

Música para nós

Há muito tempo - 5 anos - que a minha vida cultural é a vida cultural de uma mãe com uma criança de 5 anos. Isto significa duas coisas:
1. Deixei de ir tão frequentemente ver coisas para adultos. À excepção de exposições salvam-se uns dois filmes por ano e uma ou duas peças de teatro, normalmente no Maria Matos.
2. Praticamente não há fim-de-semana em que não tenha programas culturais, só que esses incluem o Manuel.
À partida, esta segunda opção, poderia soar muito mal. Há coisas péssimas só sob pretexto de serem "para crianças", mas a verdade é que descobri que as coisas para a primeira infância podem ser tão maravilhosas e enriquecedoras como as coisas para adultos. Esta descoberta foi feita graças a excelentes projectos que existem pelo país e, mais exactamente em Lisboa: os concertos para bébes do Paulo Lameiro, o programa para os mais novos do Teatro Maria Matos, o Descobrir da Gulbenkian (e sempre, sempre as exposições) e a Fábrica das Artes do CCB (onde me surpreendo e aprendo sempre).
Há gente que sabe que as coisas para adultos também são para crianças e vice-versa, quando isso acontece com músicos, cineastas, encenadores e outros artistas, isso é maravilhoso (e conforta o coração de muitos pais, acreditem).
É isso que me tem acontecido no CCB e que voltou a repetir-se ontem no concerto dos Sete Lágrimas, que tanto eu como o Manuel - menos habituado a ouvir as músicas do grupo - adorámos. É mesmo um projecto sério e de uma óptima qualidade, vale a pena ouvi-los! 
E é tão bom viajar sem sair do lugar!

Sem comentários: