Só ficava quietinho na minha mão, mas conseguimos trazê-lo dentro de um chapéu de palha. Fizémos as necessárias pesquisas na internet sobre "como cuidar de um pardal bebé" e descobrimos que uma tarefa hercúlea se avizinhava: quase nenhuns escapam à morte, devem estar permanentemente aquecidos e devem comer de 20 em 20 minutos! Até de ir ao teatro à tarde tive medo!
Fomos comprar uma papa especial e demos-lhe com seringa, com palhinhas, com o dedo e também demos água a conta gotas. Estive tanto tempo de volta dele, que o Manuel ficou com ciúmes!
Durante a tarde ficou muito quietinho, mas à noite animou e comeu bem. Preparei um ninho quentinho que pus por cima de sacos de água quente, para ele não morrer de hipotermia e até o levei para o nosso quarto, não fosse ele acordar com fome a meio da noite.
Levantámo-nos cedo e logo fomos ver o pardalito, mas ele não resistiu ànoite. Posso tentar encontrar as razões ou saber onde errei, mas não passarão de suposições.
Fiquei triste. Tinha sonhado que ele sobreviveria e que o íriamos libertar no Alentejo, para onde vamos para a semana e onde ele seria feliz! Não correu bem.
Nisto falhei, pobre pardalito bebé.
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