terça-feira, 10 de junho de 2014

Et tu?

Nenhuma família escapa à normalidade.
Uns elásticos esquisitos e coloridos invadiram a minha casa...


segunda-feira, 9 de junho de 2014

O dia em que inscrevi o meu filho na escola pública

Com um aperto no coração, porque vai deixar um colégio com turmas mais pequenas e uma excelente educadora.
Mas, sobretudo, porque acredito numa escola pública de qualidade e para todos. Porque acho que tenho o direito de usufruir dela e o dever lutar para que seja cada vez melhor. Porque não quero que o meu filho viva num casulo onde as pessoas são todas iguais. Porque os professores merecem todo o respeito e os alunos também, independentemente do local de onde venham e do recibo de ordenado dos pais.
Hoje inscrevi o meu filho numa escola pública e sinto-me orgulhosa.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Instantes

Estava a chover. Eu ia dentro do carro, numa fila de trânsito. Nem tive tempo de abrir a janela. 
Adoro sofás e cadeiras em sítios inusitados e este era lindo.

Milfontes

Por momentos regressei à infância. Lembrei-me sítios, cheiros e cores e de gelados coloridos à noite. Da primeira vez que vi pirilampos (não tenho encontrado nenhuns. Extinguiram-se?)
Lembrei-me de tudo num misto de felicidade, saudade, nostalgia. É bom voltarmos aos sítios onde fomos felizes.
As minhas primeiras férias – tinha 6 meses – foram aqui. Muitas se seguiram com sol, banhos de mar e uma família alargada que incluía tias (ainda) solteiras, avós, primas e até tios-avós maravilhosos. Lembrei-me da primeira vez que aprendi a nadar sozinha, na parte do mar que fazia uma piscina natural entre as rochas. A água era imensamente cristalina.
Milfontes era um sítio pequeno, só depois, nos anos 80, foi crescendo, crescendo, mas o centro continuou igual e bonito.
É por causa destas memórias que sei que o que construir agora com o Manuel, as memórias que lhe proporcionar vão ser as mais importantes da vida dele. A infância é um país onde, só por momentos muito fugazes, podemos voltar.
Depois, ficámos num sítio paradisíaco: Moinho da Asneira.







quinta-feira, 15 de maio de 2014

Da minha cidade

Andei pelas ruas de Lisboa durante dois dias a pé. Fui a sítios onde nunca tinha entrado. Estive em trabalho na companhia de gentes de outros países e olhei com olhos novos e renovados.
Desde que o Manuel nasceu vou sempre de carro para o trabalho e perdi um pouco o contacto com a cidade. No último dia, para apanhar transportes fui ter a paragens de autocarro desactivadas e a estações onde o Metro demorou de mais.
Mas descobri que Lisboa continua maravilhosa e que melhora de dia para dia.

domingo, 11 de maio de 2014

Às vezes a minha casa é um jardim,

ou uma biblioteca, ou o pedaço de uma praia.
Às vezes tem areia, tem troncos, tem pedras e árvores.
Às vezes a minha casa está desorganizada.
Tem desenhos espalhados e livros abertos que nunca se acabam de ler.
Tem caixas abertas, com segredos lá dentro. Tem caixas fechadas com números.
A minha casa tem raízes e também tem música.
Tem silêncio (poucas vezes).

Ontem, a minha casa, a casa da minha família, ganhou um ninho com dois pássaros que vieram do jardim mais bonito da cidade.
Trepadeira Azul e Pisco de Peito Azul.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Da serra

Poderia ser outra qualquer imagem, provavelmente melhor que esta, mas nenhuma captaria o cheiro da aldeia ou das laranjeiras em flor, nem o chilrear dos pássaros, o pousar das borboletas ou, simplesmente, o silêncio.
Há coisas que não cabem nem em imagens nem em palavras.