Tese
Capítulos
O Museu como Produtor
"Do not ask me who I am and do not ask me to remain the same: leave it to our bureaucrats and our police to see that our papers are in order. At least spare us their morality when we write." Michel Foucault
sábado, 7 de junho de 2008
You can´t take pictures of this, it's already gone
Ainda tenho saudades, ainda choro com isto. Lamechas!
segunda-feira, 2 de junho de 2008
sexta-feira, 30 de maio de 2008
"If I could make the world as pure and strange as what I see"
Para ver e ouvir aqui. Pale Blue Eyes, by Lou Reed.
Sometimes I feel so happy,
Sometimes I feel so sad.
Sometimes I feel so happy,
But mostly you just make me mad.
Baby, you just make me mad.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
Thought of you as my mountain top,
Thought of you as my peak.
Thought of you as everything,
I've had but couldn't keep.
I've had but couldn't keep.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
If I could make the world as pure and strange as what I see,
I'd put you in the mirror,
I put in front of me.
I put in front of me.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
Skip a life completely.
Stuff it in a cup.
She said, Money is like us in time,
It lies, but can't stand up.
Down for you is up."
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
It was good what we did yesterday.
And I'd do it once again.
The fact that you are married,
Only proves, you're my best friend.
But it's truly, truly a sin.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
Sometimes I feel so happy,
Sometimes I feel so sad.
Sometimes I feel so happy,
But mostly you just make me mad.
Baby, you just make me mad.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
Thought of you as my mountain top,
Thought of you as my peak.
Thought of you as everything,
I've had but couldn't keep.
I've had but couldn't keep.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
If I could make the world as pure and strange as what I see,
I'd put you in the mirror,
I put in front of me.
I put in front of me.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
Skip a life completely.
Stuff it in a cup.
She said, Money is like us in time,
It lies, but can't stand up.
Down for you is up."
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
It was good what we did yesterday.
And I'd do it once again.
The fact that you are married,
Only proves, you're my best friend.
But it's truly, truly a sin.
Linger on, your pale blue eyes.
Linger on, your pale blue eyes.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
I'm not a perfect woman
No outro dia, ao almoço, no museu, chegou-se a essa conclusão (fantástica!) de que isso de deixar a cozinha para arrumar de um dia para outro "por favor, é um nojo"! Por causa disso, deixei hoje o Damisch aqui ao lado (com o fabuloso título "L'Amour m'expose") e agora tenho as mãos a cheirar a lixívia. Por causa disso compreendo Virginia Wolf. Por causa disso passo muitas horas de almoço calada e faço bem. Por causa disso, às vezes, dá-me uns ataques de superioridade, de arrogância. Que isso, de deixar a cozinha por arrumar, a loiça no lava loiças... Ai, ai.
Na verdade isso irrita-me. Irrita-me não conseguir ler Damisch em francês e arrumar a loiça na máquina ao mesmo tempo. Irrita-me não conseguir, ao mesmo tempo, trabalhar a tempo inteiro, fazer a tese de mestrado, ser uma excelente dona de casa com a roupa sempre passada e a cozinha arrumada, sair com os amigos, namorar, ir ver as coisas (coisas???) do Alkantara... Mas eu balanço, eu não aguento. Eu não cedo.
A loiça desarrumada é coisa antiga. Antiga demais. Na verdade foi um dos primeiros sinais do divórcio dos meus pais. Deixaram de tratar um do outro. Eu não trato de ti. Tu não tratas de mim. A loiça acumula e eu ali a vê-la crescer na cozinha com azulejos de desenhos verdes, com armários verdes. Cá em casa é igual. Acumula. Acumula-se. Acumulamo-nos. Será algum sinal?
O meu pai irritava-se profundamente com esta minha mania, de não resolver, de não arrumar, de deixar tudo espalhado. De manhã, como sempre à pressa, deixava o púcaro onde aquecia o leite por lavar. O meu pai não suporta isso, mas agora eu já não vivo lá.
Estou a escrever sobre isto. É que na verdade gostava de ser arrumada, na cozinha e na cabeça... Mas é tudo uma confusão... E eu não consigo... Vacilo e dou por mim com o Damisch. Ou então dou por mim aqui a escrever isto. Ou então penso que não consigo arrumar a casa, nem comprar móveis porque tudo é precário e eu não estou preparada para coisas definitivas (é por causa disso que não me pedes em casamento, porque também não estás preparado? Para o definitivo, digo.)
E tenho outros defeitos, que não fazem de mim a mulher perfeita, nem de perto nem de longe: não uso lingerie sexy, não durmo nua, uso óculos quando tiro as lentes (e agora, este maldito cheiro nas mãos).
Vou-me embora. Tentar escrever por outras paragens. Mais úteis, que ninguém lê este blog!
Na verdade isso irrita-me. Irrita-me não conseguir ler Damisch em francês e arrumar a loiça na máquina ao mesmo tempo. Irrita-me não conseguir, ao mesmo tempo, trabalhar a tempo inteiro, fazer a tese de mestrado, ser uma excelente dona de casa com a roupa sempre passada e a cozinha arrumada, sair com os amigos, namorar, ir ver as coisas (coisas???) do Alkantara... Mas eu balanço, eu não aguento. Eu não cedo.
A loiça desarrumada é coisa antiga. Antiga demais. Na verdade foi um dos primeiros sinais do divórcio dos meus pais. Deixaram de tratar um do outro. Eu não trato de ti. Tu não tratas de mim. A loiça acumula e eu ali a vê-la crescer na cozinha com azulejos de desenhos verdes, com armários verdes. Cá em casa é igual. Acumula. Acumula-se. Acumulamo-nos. Será algum sinal?
O meu pai irritava-se profundamente com esta minha mania, de não resolver, de não arrumar, de deixar tudo espalhado. De manhã, como sempre à pressa, deixava o púcaro onde aquecia o leite por lavar. O meu pai não suporta isso, mas agora eu já não vivo lá.
Estou a escrever sobre isto. É que na verdade gostava de ser arrumada, na cozinha e na cabeça... Mas é tudo uma confusão... E eu não consigo... Vacilo e dou por mim com o Damisch. Ou então dou por mim aqui a escrever isto. Ou então penso que não consigo arrumar a casa, nem comprar móveis porque tudo é precário e eu não estou preparada para coisas definitivas (é por causa disso que não me pedes em casamento, porque também não estás preparado? Para o definitivo, digo.)
E tenho outros defeitos, que não fazem de mim a mulher perfeita, nem de perto nem de longe: não uso lingerie sexy, não durmo nua, uso óculos quando tiro as lentes (e agora, este maldito cheiro nas mãos).
Vou-me embora. Tentar escrever por outras paragens. Mais úteis, que ninguém lê este blog!
Subscrever:
Mensagens (Atom)