
"Do not ask me who I am and do not ask me to remain the same: leave it to our bureaucrats and our police to see that our papers are in order. At least spare us their morality when we write." Michel Foucault
segunda-feira, 15 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Encontros


"We must return [...] to what is simplest, in other words to the obscure self-evidences with wich we began. We must momentarily leave everything that we thought we saw because we knew what to call it, and return henceforth to what our knowledge had not been able to clarify. We must return, then, this side of the represented visible, to the very conditions of the gaze, of presentation and figurability [...]"
Georges Didi-Huberman, Confronting Images, p. 16
Imagens:
Jackson Pollock, Number 1, 1950, Lavender Mist (pormenor), 1950
Fra Angelico, Anunciação (pormenor), c.1440-1441
quinta-feira, 11 de março de 2010
O rapaz que gostava de cemitérios e que agora expõe no MoMA
Confesso que sempre me irritaram as constantes comparações entre os museus e os mausoléus, ou cemitérios. Adorno foi o primeiro a fazê-lo em Valery Proust Museum:
“The German word museal has unpleasant overtones. It describes objects to which the observer no longer has a vital relationship and which are in the process of dying. … Museum and mausoleum are connected by more than phonetic association. Museums are like the family sepulchres of works of art.”
Este tipo de ideias parte do princípio de que as obras de arte só estariam vivas no seu contexto original (por exemplo, uma igreja) e que, ao retirá-las daí, o museu apenas expunha objectos "mortos". Claro que com a arte contemporânea, em que muitas (ou a maior parte) das vezes as obras são produzidas para o museu, esta ideia deve ser posta de lado. E, mesmo no que a outras épocas diz respeito, o museu não "mata" os objectos, antes dá-lhes uma outra vida, criando a sua autonomia dentro da esfera artística. Acredito que o museu devolve aos objectos a sua verdadeira função: quando Fra Angelico pintou a Anunciação, estava mais interessado no tema ou na pintura?
Por isso, para mim, até há bem pouco tempo museus e cemitérios não tinham nada a ver, até que...
"Growing up in Burbank, there wasn´t much of a museum culture. I never visited one until I was teenager (unless you count the Hollywood Wax Museum). I occupied my time going to see monster movies, watching television, drawing, and playing in the local cemetery. Later, when I did start frequenting museums, I was stuck by how similar the vibe was to the cemetery. Not in a morbid way, but the both have a quiet, introspective, yet electrifying atmosphere. Excitement, mystery, discovery, life, and death all in one place."
( E isto escreve Tim Burton no "Artist's Statement" - Declaração do Artista? - do seu catálogo da exposição no MoMA. Espantoso, não é? Eu vou expôr num museu, mas acho que os museus são similares a cemitérios - e gosto disso: só mesmo ele!)
sexta-feira, 5 de março de 2010
2010 2010 2010

Sim, este ano!
Já há muito que queria escrever este post, para não me esquecer e para me comprometer comigo mesma. Assim, este ano quero:
- Comer mais refeições vegetarianas
- Usar mais alimentos biológicos (vou fazer-me sócia da biocoop)
- Passear mais (cá dentro e mesmo que seja aqui por perto)
- Tirar mais fotografias (queria que fosse pelo menos uma por dia, mas os dias vão passando e nada)
- Tornar a minha vida mais "verde" (tentar diminuir a pegada ecológica, que tem levado um grande estrondo, com as fraldas do Manuel e a utilização mais assídua do carro)
Na foto: Largo de S. Carlos no passado Domingo, 28-2-2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Amamentar (e não só)
O pintaínho estava cansado e acabou de adormecer. Tenho andado tão atarefada que estou atrasadíssima no diário dele (desde os 3 meses), talvez este fim-de-semana consiga actualizar.
Segunda-feira volto ao trabalho e como ele só tem 5 meses e as recomendações da OMS são para amamentar em exclusivo até aos 6 (muitas das vantagens poden ler-se também aqui), lá terei de ir de bomba atrás. Não se percebem estas licenças de maternidade, nem os pediatras que mandam introduzir sólidos mais cedo (e até a educadora dele disse que já ia sendo altura das papas). No entanto, as vantagens de continuar com leite materno em exclusividade são muitas: menos cólicas, menoa alergias, menos bronquiolites, melhor sistema imunitário (tão importante quando eles vão para os "infectários", que o que o pediatra chama aos infantários). Enfim, claro que isto significou um esforço grande para juntar imenso leitinho (só possível graças à bomba eléctrica da Avent), uma batalha grande para que ele conseguisse habituar-se ao biberão (o que só aconteceu quando finalmente chegaram os Adiri) e actualmente continuar a acordar de noite para amamentar (o que já não aconteceria se ele já estivesse com papas). Enfim, mamã informada e esforçada vale por duas (e a informação é mesmo um dos pontos que contribui para o sucesso da amamentação, como sugere o Manual para o Aleitamento Materno da Unicef)
De resto, ele já está na escolinha e parece gostar (até ri para a educadora!). Pensei que ia ser mais díficil para mim, mas quando chegamos lá elas tiram-o logo dos nossos braços, com um grande sorriso e dizem "Até logo, mamã! Se quiser pode telefonar" e pronto, nem direita a lágrimas nem nada... Nunca telefono: prefiro que gastem o tempo com ele do que comigo.
Como se pode notar pelas fotos, este post não era sobre amamentação, mas sim sobre o quarto do rebento, que deu um trabalhão mas escusou idas ao ikea e afins: reciclar, reciclar, reciclar para não ficarmos com casas todas iguais!! (e ainda faltam uns pormenores)
Espero escrever mais vezes
ANTES...

...E DEPOIS
Segunda-feira volto ao trabalho e como ele só tem 5 meses e as recomendações da OMS são para amamentar em exclusivo até aos 6 (muitas das vantagens poden ler-se também aqui), lá terei de ir de bomba atrás. Não se percebem estas licenças de maternidade, nem os pediatras que mandam introduzir sólidos mais cedo (e até a educadora dele disse que já ia sendo altura das papas). No entanto, as vantagens de continuar com leite materno em exclusividade são muitas: menos cólicas, menoa alergias, menos bronquiolites, melhor sistema imunitário (tão importante quando eles vão para os "infectários", que o que o pediatra chama aos infantários). Enfim, claro que isto significou um esforço grande para juntar imenso leitinho (só possível graças à bomba eléctrica da Avent), uma batalha grande para que ele conseguisse habituar-se ao biberão (o que só aconteceu quando finalmente chegaram os Adiri) e actualmente continuar a acordar de noite para amamentar (o que já não aconteceria se ele já estivesse com papas). Enfim, mamã informada e esforçada vale por duas (e a informação é mesmo um dos pontos que contribui para o sucesso da amamentação, como sugere o Manual para o Aleitamento Materno da Unicef)
De resto, ele já está na escolinha e parece gostar (até ri para a educadora!). Pensei que ia ser mais díficil para mim, mas quando chegamos lá elas tiram-o logo dos nossos braços, com um grande sorriso e dizem "Até logo, mamã! Se quiser pode telefonar" e pronto, nem direita a lágrimas nem nada... Nunca telefono: prefiro que gastem o tempo com ele do que comigo.
Como se pode notar pelas fotos, este post não era sobre amamentação, mas sim sobre o quarto do rebento, que deu um trabalhão mas escusou idas ao ikea e afins: reciclar, reciclar, reciclar para não ficarmos com casas todas iguais!! (e ainda faltam uns pormenores)
Espero escrever mais vezes
ANTES...
...E DEPOIS
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Et Voilá!
Três anos depois de ter começado este mestrado
247 páginas
7 volumes e 1 cd
343€ em cópias (muitas a cores) e encadernações
2000€ em propinas
Muitos dias de não férias e não folgas
Muitos dias na biblioteca da Gulbenkian (isso vou ter saudades!)
Uma turma cheia de gente fantástica
Uma viagem a Berlim
Muitos livros sobre museus, curadoria e teoria da história da arte lidos
e: apesar de ter ficado com a cabeça em água, é óptimo ver assim tudo pronto e impresso e ficar com um livro (quase) a sério :)))
(a defesa já me dá dores de barriga, que medo)
E para quem quer um cheirinho, aqui fica como começa:
« Devant une image – si récent, si contemporaine soit-elle – le passé en même temps ne cesse jamais de se reconfigurer, puisque cette image ne devient pensable que dans une construction de la mémoire, si n’est pas de la hantise. Devant une image, enfin, nous avons humblement à reconnaître ceci: qu’elle nous survivra probablement, que nous sommes devant elle l’élément fragile, l’élément de passage, et qu’elle est devant nous l’élément du futur, l’élément de la durée. L’image a souvent plus de mémoire et plus d’avenir que l’étant qui la regarde. »
Didi-Huberman, Devant le Temps, 2000, p.10
4 de Fevereiro de 2010
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