sábado, 6 de setembro de 2008

Breve trecho para uma coisa que não sei o que é

- Não me serve.
- O quê?
- Não me serve. Este dia. Esta história.
- Desculpa?
- Estou a dizer que não me serve!
- Não entendo.
- Pois, não admira. Não entendes...
- Queres que invente outra coisa?
- Inventar? Essas coisas não se inventam.
- Não sabes. Há muita gente que vive só no papel.
- Sei. São mais reais que eu, essas tuas personagens.
- Tu também inventas ficções.
- Mas são sobre museus. Ninguém se apaixona por um museu!
- Não estou apaixonado.
- Pois. Eu sei.

Eles são assim...



Parece que vivem numa terra de fadas, por mais kitsch que isso seja. Fazem-me ter vontade de ir viver para uma terra onde jamais suportaria o frio e falar uma língua da qual não sei uma única palavra! Já gosto deles há muito tempo mas ainda desconfio da sua real existência. Ninguém faz músicas assim. Nem vídeos assim. Só os Sigur Rós.

(As imagens são stills de um vídeo que foi censurado em algumas televisões por causa da nudez. Há cérebros que não aguentam! Há cabeças onde nem tudo cabe! Pode ser visto aqui*))

sábado, 30 de agosto de 2008

Este blog...

... precisa de uma actualização nos links. Vou por um para o blogue da Inês e outro para o da Ana Ventura.
Entretanto, lista para Setembro:
- fiz um calendário para trabalhar 100 horas na tese e acabar o primeiro capítulo,
- a minha mãe vai para a Índia e volta só no finzinho do mês,
- tenho de resolver o problema das portas cá de casa (os puxadores estão estragados),
- tenho de pendurar os posters de Macau daquela maneira que vi na Tate Britain (e que dispensa moldura),
- o museu onde trabalho está em obras e só abre dia 27 (estou ansiosa e o trabalho parece sempre muito),
- apaixonei-me e vou juntar dinheiro para comprar isto (aceitam-se donativos),
- vou tentar encontrar as coisas antigas que tenho da Ana Ventura, do tempo em que ela ainda não era tão conhecida.
Não devo ficar com muito tempo para actualização de posts...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Das ist Olafur Eliasson



... na Ellipse Foundation.
(ou sobre a generosidade)
Também com uma exposição no MoMA (aqui*), cujo tema principal, segundo o próprio artista, pode ser encarado como a generosidade: a generosidade de devolver o tempo ao espectador. Refletindo sobre a história dos museus (sim, ela existe!), Eliasson considera que existe um paradoxo: anteriormente os museus coleccionavam objectos da realidade, posicionando-os fora desse mundo onde eram produzidos, agora devem posionar-se dentro do mundo e do tempo contemporâneo mesmo que tenham colecções históricas (é verdade, mas sabemos como isso é tão difícil).
Em "Taking your Time", "it´s not about the museum but about the spectator (...)the museum gives the time back to the spectator."

E mais:
"How can we take part of the art in a way that is both responsible but also has an impact on the world?"

"I would like to make sense of the word by sensing the world"

"We should not be afraid of doing something beautiful."

"A museum, or an exhibition in the museum is a laboratory. One can say it's a different type of studio."

É por isso que eu gosto dele.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Cupidos de Cranach



Cranach é um dos pintores favoritos. Tudo nele é estranho, divertido e ao mesmo tempo sensual! E os cupidos, "roubados" na Gemäldegalerie,quando estive em Berlim, são muito (muito) bons.

domingo, 17 de agosto de 2008

"House of Cards" Radiohead

I don't want to be your friend
I just want to be your lover
No matter how it ends
No matter how it starts

Forget about your house of cards
And I'll deal mine
Forget about your house of cards
And I'll deal mine

Fall off the table,
Get swept under
Denial, denial

The infrastructure will collapse
Voltage spikes
Throw your keys in the bowl

Kiss your husband goodnight

Forget about your house of cards
And I'll deal mine
Forget about your house of cards
And I'll deal mine

Fall off the table,
And get swept under

Denial, denial
Denial, denial
Your ears should be burning
Denial, denial
Your ears should be burning
Denial, denial

Outras ficções


"Outras ficções" é o nome da exposição que está no Museu do Chiado. No Museu Nacional de Arte Contemporânea, aliás. Mais uma vez propõem-se cruzamentos e encontros de obras de períodos diferentes na procura de novas leituras interpretativas para cada uma das peças expostas.

As minhas preferidas:
- Ângela Ferreira e Alexandre Estrela (no núcleo "O Lugar")
- João Tabarra (em "Rebaixamento)
- Pedro Paiva e João Maria Gusmão (em "Acontecimento")

A que ficou melhor na fotografia:
- Júlia Ventura (Papel de Parede e Geometrical reconstruction and figure with roses, no núcleo "Reversibilidade")