"Do not ask me who I am and do not ask me to remain the same: leave it to our bureaucrats and our police to see that our papers are in order. At least spare us their morality when we write." Michel Foucault
segunda-feira, 5 de maio de 2008
um livro...
Fui comprar um livro da Ana Teresa Pereira. Não é dos últimos. "O Mar de Gelo" foi publicado em 2005. Tem na capa um quadro de Friedrich, com o mesmo nome do livro. É também o quadro que António Pinto Ribeiro via como sendo a imagem que anunciava o século XX (no blogue do "Estado do Mundo"). As capas dos livros da Ana Teresa Pereira têm sempre quadros dos meus pintores favoritos: os pré-rafaelitas, Rothko. Os livros dela também são os meus favoritos.
Há sempre uma mulher, um homem, uma casa meio ao abandono com um jardim que cresce de forma selvagem, gatos, filmes a preto e branco, tangerinas e queijo, tangerinas com queijo numa toalha aos quadrados vermelhos e brancos, cheiro a café, tardes passadas na Tate (em frente aos quadros que são as capas dos livros), concertos em igrejas góticas, alfarrabistas e lojas com mapas velhos. Mapas de sítios que já não existem. Se eu vivesse dentro de um livro... seria dentro de um livro destes. E não são livros felizes. Alguém pode pode morrer ou desencontrar-se. Desencontrar-se e ficar à espera. Há sempre um homem que se chama Tom. Deve ser verdadeiro porque este livro é dedicado a ele.
E começa com uma frase de Elizabeth Bowen:
"WE ARE MINOR IN EVERYTHING BUT OUR PASSIONS."
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