domingo, 5 de agosto de 2007

A Curiosidade


O texto de Foucault (e a revista Cabinet) fizeram que me voltasse a debruçar sobre a curiosidade. Pode ser a curiosidade o início do conhecimento? Se não existir vontade de perguntar, poderá haver vontade de responder, de encontrar?
Podemos descobrir se existe um ponto em que colocamos perguntas, ou temos dúvidas? Como se pudesse haver uma fronteira que separasse o local onde tudo está tranquilo, daquele em que começamos a perguntar, e as águas se começam a agitar. Do ponto de vista da educação em museus, penso que este conceito deve ser o mote de partida: ensinar a curiosidade! Poder, por exemplo, fazer uma visita em que os participantes encontrassem perguntas em vez de respostas. Às vezes parece que essa capacidade é a que mais falta, como se todo o mundo fosse um dado adquirido, um terreno já conhecido e o nosso cérebro tivesse perdido a capacidade de desenhar pontos de interrogação.
Terá mesmo perdido?
Quanto a mim, que vou de férias, prometo voltar a este assunto.
Procuram-se perguntas!

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