sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A Primeira Raposa


Nas manhãs em que o céu cinzento (mesmo que seja de um cinzento muito claro) ameaça tornar-se mais carregado, não vou à praia. Prefiro outros caminhos, mais estreitos, mais escondidos e que nunca os meus pés pisaram antes. Ás vezes (demasiadas vezes, mesmo) não conhecemos a rua do lado, a esquina mais adiante ou o caminho menos habitual. Por isso, quando estou de férias (mesmo que seja num sítio para o qual vou habitualmente), gosto das manhãs cinzentas em que não vou para a praia.
Foi o que aconteceu desta vez, em que decidimos ir dar uma caminhada pelo percurso que desce da praia do Monte Velho, em Santo André, e se dirige para sul, sempre paralelamente à costa. Tem um caminho de terra batida e algumas placas do Instituto de Conservação da Natureza a indicarem o que podemos ver, como por exemplo: poço do Barbaroxa de Baixo, Duna Móvel ou outras indicações sobre a flora e a fauna locais.
Mas quanto a raposas, as placas não faziam referência. Por isso, foi um momento quase mágico quando o I. se virou para trás e a viu.
Como qualquer raposa ela não se fez anunciar, caminhava atrás de nós, meio escondida, em pezinhos de lã e com a necessária distância. Mesmo assim, foi simpática, deixou-se fotografar várias vezes e seguiu-nos durante algum tempo. E era mesmo bonita!
Fiquei muito feliz com esta minha primeira raposa, ou não me chamasse eu Marta!

2 comentários:

panaceia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
panaceia disse...

A raposa gostou de ti, e tal como no "Principezinho" és responsavel por aquela que cativaste....tu es a rosa... do principezinho.Jinhos