"Do not ask me who I am and do not ask me to remain the same: leave it to our bureaucrats and our police to see that our papers are in order. At least spare us their morality when we write." Michel Foucault
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
♥
domingo, 13 de dezembro de 2009
Diário de um bebé aos dois meses de idade
Começo à meia-noite, hora em que geralmente ainda estou acordado, que isso de bebés que adormecem às 10 da noite é muito bonito, mas não é para mim!! Confesso que os meus pais se esforçam: cantam baixinho, fazem festinhas, revezam-se entre um e outro para me embalarem e eu acabo por adormer (depois da meia-noite, claro).
Às 4h48 da matina acordei para comer. Nesta altura a minha mãe demora um bocado a reagir e são muitas vezes em que me dá maminha apenas com um olho aberto (se ela já é pitosga com os dois, imaginem com um!!). Bem, nesta altura o ambiente é bastante tranquilo: temos sempre acesa no quarto uma luz azulada e suave que vem do globo; como a mamã não acende mais nenhum candeeiro, eu não desperto e depois da maminha volto logo a adormecer, muito consolado.
Esta noite até foi boa porque depois disto só voltei a acordar às 8h da manhã (normalmente também acordo às 6h) para a maminha e voltei a dormir logo, mas passado um pouco a barriga começou a doer e fiquei muito queixinhas. Ora, é nesta altura que a minha mãe, incapaz de se levantar a tal hora (uma vez que deitamos tarde) se torna adepta do co-sleepping e lá vou eu para a cama dos pais, onde normalmente volto a adormecer - para satisfação da minha progenitora, que é grande adepta da sorna.
Às 11h tinha outra vez fome. Então, a mãe deu beijinho e fomos para a sala para a maminha. O pai estava a ir-se embora (neste dia foi um bocadinho mais tarde) e deu-nos beijinhos de despedida. Ainda me perguntou se eu queria ir com ele para a Ellipse, mas chegámos à conclusão que não era possível pois as maminhas da mãe não estão lá. Depois da comida, a mudança da fralda, onde ouvimos uma caixa de música e falamos e rimos: fico muito contente. Claro, que a mãe só toma o pequeno almoço lá para o meio-dia!! Pôs-me na cama a olhar para o móbil que gira, tem música e eu adoro e depois foi para o pé de mim comer e olhar-me com um ar muito apaixonado!!
Hoje era dia de experiências (a cota tem destes vaipes!!) e como queria fazer a impressão da minha mão no diário de bebé, toca de a pôr em descafeínado e espetá-la na página, mas eu tenho 2 meses e não curto mesmo népias abrir a mão. Resultado: ficou uma bodega, claro! Rabujei e a mamã sentou-se no sofá comigo ao colo, deu beijinhos e adormeci lá para as 12h30.
Meia hora depois, surpresa!, acordei rabujento: mais uma dose de maminha! Depois, fui para o balancé e, como a mãe tinha de tomar banho, fiquei a assistir: gosto do barulho da água a cair e de todas as cores e brilhos da casa de banho.
Fiquei ainda no balancé enquanto a mãe almoçava e adormeci às 15h30, mas não por muito tempo, que uma hora depois estava a rabujar e a ir para o colinho da mamã. Às 17h a mãe tentou pôr-me no berço, mas dez minutos depois rendeu-se às evidências e fui com ela para o computador fazer a tese de mestrado (ainda não tenho um ano e já estou a fazer uma tese!). Mas como aquilo é uma seca, e o que me interessa mesmo é o leitnho, às 17h30 lá fui comer outra vez. Depois, dormi mais ou menos meia hora e às 19h30 mamei mais um bocadinho.
Um pouco depois, a massagem e o banho: a minha parte do dia favorita! Às 20h15 comi mais e voltei a dormir para, uma hora depois voltar a acordar e a mãe ter de me embalar a ver se eu sossegava!
Mas o que é certo é que, como é costume, fiquei acordado até à meia-noite!
domingo, 6 de dezembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
Cá em casa também é Natal
Desde que saí da casa dos meus pais nunca mais tinha tido árvore, mas este ano, achei que o Manuel ia gostar das luzes... Achei mal, porque ele teima em olhar fixamente para o quadro do Pires Vieira que temos em cima do sofá e para as estantes dos livros. Mas enfim, em mim as luzes surtem o efeito de natal. A árvore, não podendo ser de plástico nem um pinheiro mutilado, é um conjunto de ramos secos pintados a vermelho (foi muito barata no aki, passo a publicidade) e eu gosto (sobretudo porque também não ocupa muito espaço).
Muitas vezes, ocupados com a preocupação das prendas e os preparativos para a grande festa, nem reparamos nos simbolismo destas pequenas tradições. A árvore de natal tem sobretudo uma raíz pagã, vinda sobretudo do norte da Europa. Em Portugal, foi introduzida no século XIX pelo rei D. Fernando (marido de D. Maria II), que todos os anos decorava a sala do Palácio da Ajuda com um enorme pinheiro enfeitado. Até aí só se utilizavam os presépios.
Não resisti e fui pegar o Tratado de História das Religiões, de Mircea Eliade, que diz:
"(...) é em virtude do seu poder, é em virtude do que ela manifesta (e que a supera) que a árvore se torna um objecto religioso. Mas este poder é, por seu turno, validado por uma ontologia: se a árvore está carregada de forças sagradas, é porque é vertical, é porque cresce, é porque perde as folhas e as recupera, porque, por conseguinte, se regenera ("morre" e "rescuscita") inúmeras vezes, porque tem latex, etc. Todas estas validações têm a sua origem na simples contemplação mística da árvore, como "forma" e modalidade biológicas."
sábado, 28 de novembro de 2009
O livro que veio da Loja de Estar, vinha num belíssimo embrulho que nem dava vontade de abrir. Por isso fotografei...
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Simuladores de cores
Como ando a pensar no quarto do Manuel, que só vou fazer em Fevereiro, passei pelo simulador de cores da robiallac (gostei mais das cores deles do que das da cin, de onde já mandei vir o catálogo, mas até agora nada).
Os tons (3) serão verde e azul, mas estou indecisa entre:
verde grama + azul aço + azul mirtilo (primeira imagem)
ou
verde limão + azul tagus + azul picasso (segunda imagem)
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
Mesas de trabalho
Já tinha tirado esta fotografia, mas não tive coragem de assumir a minha desarrumação até ver isto aqui.
Mais mesas de trabalho
aqui
aqui
e
aqui
(parece que a minha é a única que tem plantas e uma embalagem de Aero Om)
Alguém por aí quer mostrar a sua mesa?
sábado, 14 de novembro de 2009
Quero
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For knowledge is limited
to all we now know
and understand, while
imagination embraces the
entire world, and all there
ever will be to know and
understand.”
Albert Einstein
Roubado aqui*
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Idas...
Continuamos a adorar o sling da Rosa que foi muito útil ontem, na primeira ida do Manuel ao centro da cidade e ao Museu do Chiado. Vimos a exposição do David Claerbout, gostámos e aconselhamos. Pena que o actual director está de partida...
P.S. _ É o fato do Pooh, oferecido pelo tio.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Fatias Douradas
No Outono lembro-me de não podermos ir brincar para a rua e de ficarmos em casa enquanto a minha avó Clotilde, na cozinha, nos preparava deliciosas fatias douradas.
No Sábado, fiz umas sozinha pela primeira vez, com o primeiro livro de culinária que recebi da tia Guida. Não chegaram - obviamente - aos calcanhares das da minha avó, mas deram para matar saudades.
PS - Na receita falta o pormenor de se polvinhar com canela no fim! É indispensável!
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
O meu primeiro mês
Confesso que ao príncipio não percebi bem o que se estava a passar... Chorei e ouvi-me pela primeira vez. Ouvi a minha mãe e o meu pai, mas de uma forma diferente do que estava habituado. Saí de um sítio escuro e quentinho para um sítio claro e um pouco mais frio, uma força puxava-me para baixo... Tudo era estranho e novo, mas felizmente puseram-me logo ao colinho da mamã e o meu pai teve uma longa conserva comigo (da qual não percebi nada, mas gostei de ouvir uma voz conhecida). Demorei um tempo a perceber e ainda agora estou a dar os primeiros passos nesta aventura. Acredito que será divertido.
Os pais andam sempre de volta de mim. A mãe faz parvoíces e caretas e acorre logo quando peço comidinha. Quer dizer, sinceramente não acorre sempre logo: à noite deixa-me rabujar um pouco mais e tenho de me esforçar um bocadinho para ela acordar e, por sua vez, rabujar também. Parece que os pais têm uma coisa que chamam "noite", que é quando vão para um quarto mais escuro e dormem. Eu também durmo mesmo ao lado, às vezes de mão dada com a mãe, mas não esperam que eu esteja oito horas sem comer, pois não?
De dia fico na sala, numa cama mais pequenina e ouço os barulhos da rua (logo agora tinha de haver obras no prédio ao lado?), as teclas do computador, a mãe a falar com alguém ao telefone, às vezes a televisão. Gosto particularmente quando me levam para a cama grande, põem a música da freira e me fazem massagens antes do banho, que também adoro: só por isto já vale a pena ter saído do outro sítio quentinho!!!
Começo a ver muitas cores e coisas brilhantes, por isso fico acordado mais tempo e gosto quando os pais passeam comigo pela casa. O que também gosto muito é do leitinho quentinho da mamã e que cantem para mim. O que não gosto mesmo nada é dumas dores de barriga que me dão de vez em quando!!!
Já tive imensas visitas e já andei ao colo de muita gente, ao contrário das indicações do médico. Começo a conhecer os meus avós, o meu tio Ivo e a tia Margarida, que vêem cá mais vezes. Gosto muito de ouvir as vozes dos meninos, como quando vieram cá os meus primos!!!
Agora, que já tenho um mês, acho que vou começar a passear mais, o que acham? A mamã quer muito levar-me a uma coisa chamada babyoga e a outra coisa chamada museu, vai-se lá saber o que são...
Beijinhos para todos os meus amig@s,
Manuel
P.S. - A mãe, que tem a mania que sabe tudo, acha que sabe o que eu penso!!! Não lhe digam que está ligeiramente enganada, se não fica triste.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Três semanas
É quase impossível escrever sobre outra coisa que não o Manuel, claro.
Já consegui rever uns parágrafos da tese, mas para além disso as energias estão muito direccionadas para o bebé.
Passou pouco tempo, mas mesmo assim nota-se diferença do que quando nasceu: está maior, a cara modificou-se, passa mais tempo acordado e atento. Gosta das massagens, de colinho e do banho. Não gosta lá muito de estar sozinho na cama. Por enquanto, resisto a dar-lhe a chucha - acho uma coisa tão artificial que me faz confusão, embora não tenha lido nada totalmente desfavorável.
Já comprámos (o pai comprou) o bilhete para o primeiro concerto na Gulbenkian, mas é só em Fevereiro. Estamos ansiosos :)
A minha máquina fotográfica estragou-se e a última foto que tirámos foi esta. Devia ir comprar uma, mas a vontade de sair de casa não é lá muita...
Volto a ler The Continuum Concept, mas não me convenço com tudo.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Sete dias depois....
- gastámos 50 fraldas (ai a pegada ecológica!)
- tivemos 56 sessões de maminhas (aprox.)
- só perdemos 15 gramas no peso
- já ouvimos Mozart, Bach e Vivaldi
- 4 banhos à séria e 3 à gato
- fazemos chichi sempre que a mãe tira a fralda
- andámos 2 vezes de carro (primeiro no do avô Manuel e depois no do tio Ivo)
- tivemos 15 visitas
- os papás fazem massagens, mas só às vezes
- descobrimos - os três - que todo o tempo é pouco para namoros e beijinhos
- ESTAMOS FELIZES
domingo, 4 de outubro de 2009
Bem Vindo ao Mundo, Manuel!
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Ontem...
Móbiles
Confesso que às 39 semanas já ando um pouco para o saturado e com a paciência a roçar o nível zero... Nada que eu possa fazer, entretanto. Deveria aproveitar estes dias, mas quando estamos à espera que algo de importante aconteça as energias começam a canalizar-se para aí e a cabeça perde um pouco de concentração. Concentrei-me no mobile dos tsurus e acho que ficou simples e bonito. Espero que dure algum tempo. Outro completamente diferente, muito op art, é o que fiz a partir deste livro*: depois dos 15 dias de vida os bebés começam a prestar muita atenção aos contrastes mais fortes e, de vez em quando, devemos mostrar-lhes coisas que estimulem a visão (mas este tipo de móbil só é para utilizar quando estão despertos e por pouco tempo). Acho que tanto um como outro funcionam melhor que os comerciais, que têm os bonecos na vertical, o que faz com que o bebé não veja nada a não ser as patinhas dos bichos...
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Últimos dias...
Confesso que se apoderou de mim uma ideia de perfeição que faz com que ande um pouco insuportável... Pelo sim, pelo não a culpa é sempre das hormonas e tido fica resolvido. Menos mal...
Tinha encontrado uma cadeira de verga no ecoponto, mas como está estragada e não encontro quem a arranje decidi ir comprar uma à Feira da Luz (tem coisas deliciosas, confesso). É super confortável, faz com que fique de costas direitas e o Ivo ofereceu-ma. Mas o problema é que parece que não fica bem em lugar nenhum da sala!!! Acaba por ser um bocadinho grandota e nós gostamos imenso de ter espaço livre (por exemplo não temos mesa de centro na sala). Espero que seja uma questão de hábito... Mas a casa perfeita de revista de decoração confesso que ainda não consegui :(
À noite demos uma volta e acabei por trazer uns ramos, embora ainda não sejam os ideiais, para fazer alguma coisa parecida com isto* ou com isto*. O Manuel tem um daqueles mobiles com música, mas tem uma estrutura muito impositiva em plástico que me incomoda imenso, por isso ando sempre com um destes* na mira.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
à espera, waiting, en attendant
Estar à espera. Estar à porta.
É assim que estou e o sentimento intensifica-se desde que fiquei de baixa (no Sábado). Sempre pensei que o Manuel ia nascer para aí às 38 semanas!! Mas porquê? Porque é que pensava ou queria isso? É certo que estas últimas semanas são cansativas e que não dá para uma pessoa se concentrar muito noutros assuntos, mas daí a apressar o rapaz... Só tenho de me sentir lisonjeada de ele gostar do quentinho da minha barriga e sair quando se sentir preparado. Claro que hoje fiquei muito contente por saber que já está encravado na bacia e a médica sentiu logo a cabecita! Na eco também se via a rodar a cabeça para se ir encaixando no canal de parto... Parece, portanto, que estamos os dois em sintonia: cada um a fazer o seu trabalho para facilitarmos isto para os dois lados. Há-de ser fácil.
Como ele me ensina a esperar, achei por bem fazer uma lista de "Como não ser uma mãe ansiosa":
1. todas as pessoas têm o seu ritmo (que pode não coincidir com o meu)
2. a partir de agora, nem tudo há-de ser como eu quero, ou como eu sempre quis
3. o tempo, afinal, parece que não existe!
4. o tricot é sempre uma óptima opção
5. uma canção também pode ajudar
...
Espero por mais sugestões...
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Pai e Mãe = Avós
Ninhos para ele
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Nesting...
Nest - to built or use a nest
Nidificar - fazer o ninho
Ninho - 1 pequena construção feita pelas aves com penas, palhas, fios, etc., para pôr os ovos e criar os filhos; 2 lugar onde se recolhem e dormem certos animais; 3 abrigo; esconderijo (...); 5 cama, leito; 6 casa paterna; (...) 8 meio favorável ao desenvolvimento de algo.
A palavra inglesa é mais simpática do que nidificar, mas um ninho é sempre um ninho e não é tão fácil de fazer como parece (os das aves são lindos, construções que sempre admirei). Embora estivesse consciente de querer fazer o melhor dos ninhos para o Manuel, nunca pensei que isso ultrapasse os meus limites. Dei por mim a encher a casa com sacos (e grandes) de espuma, esponja e outros que tais enchimentos semelhantes aos que os pássaros usam... Dei por mim a tentar aprender coser na máquina da minha avó e a ter ataques de nervos por não ter aprendido com ela quando era tempo... Dei por mim a comprar tecidos aqui e aqui... Enfim, dei por mim a nidificar (i.e. preocupar-me ao máximo com o conforto do Manuel quando sair do quentinho da minha barriga). Logo mostrarei os resultados :)
Entretanto, com três dias de folga e duas manhãs passadas na Maternidade, as coisas foram-se ajeitando lentamente. Deitámos inúmeras coisas fora (o ninho requer espaço), inclusivé postais e agendas culturais que tinha há anos mas, efectivamente, torna-se impossível de juntar tanta coisa. Arrumei quase tudo , mas vi-me obrigada a delegar as tarefas de limpeza a uma dessas empresas que andam por aí - e fiquei minimamente satisfeita com o serviço. Casa limpa e arrumada. Quanto tempo durará?
A tese anda meio parada, salvo nos momentos em que espero por ser atendida na MAC.
Como estou com diabetes gestacional, acabaram-se os doces e tenho de comer inúmeras vezes por dia:
8h - pequeno almoço
10h - lanche do meio da manhã
12h - sopa do almoço
13h - prato principal almoço
14h - fruta almoço
16h - lanche
18h - comer mais qq coisa
19h - sopa jantar
20h - prato principal jantar
21h - fruta jantar
22h - ceia
(Ufa! Só de escrever cansa!!) Como levo imenso tempo a comer, isto significa que, a partir de agora, vou estar o tempo todo a comer!!! Não sei bem como me vou organizar no museu...
Hoje descobri que os produtos para a higiene do bebé são extremamente caros. Felizmente, o avô farmacêutico ofereceu! Sempre que lá vou dou lucro à farmácia e prejuízo ao avô.
As coisas estão quase prontas, só falta a banheira.
Descobri, no primeiro CTG, que já tenho contracções muito fortes de 10 em 10 minutos, mas não sinto nada, o que é bom.
As fotografias são de uma espuma que comprei na pollux. Apesar de ficar sempre frustrada com o resultado das fotografias, gostei destas porque parecem partes de um Friedrich.
Nunca sei se este é o último post antes de o Manuel se assomar à porta do mundo ;)
domingo, 6 de setembro de 2009
O tempo, Tarantino e "Os de cima e os de baixo"
Com o Manuel a começar a querer espreitar à porta do mundo é inevitável que comece a pensar nalgumas coisas que vão passar a ser menos frequentes. É verdade que temos uma vida atarefada, mas de vez em quando conseguimos ir ao cinema... Vou sentir a falta disso, ainda por cima quando não consigo ver filmes em casa. Cinema é uma sala grande, escura, com um ecrã do tamanho do mundo ( e fujo a sete pés dos sítios onde existem pipocas). Cinema não é a minha sala, nem a minha televisão. Ainda queria ir à cinemateca, mas na Sexta ficámo-nos pelo Tarantino que está cada vez melhor (assim como os dois protagonistas masculinos: Brad Pitt e Christoph Waltz). Impossível de perder.
Antes disso passámos pela livraria do Monumental e apaixonei-me por um livro da Kalandraka: Os de cima e os de baixo. Ultimamente acho que gasto mais dinheiro em livros infantis, do que para adultos: é que as ilustrações são mesmo irresistíveis!! Mas antes de dar entrada na MAC, onde espero que o meu bebé nasça rápido e saudável, ainda quero comprar Walden, ou a Vida nos Bosques - acho que deve ser bom para os primeiros meses de mamã.
A bebé da Ana já nasceu. E tu Manuel? Está na altura de começares a pensar nisso...
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
E, de repente... o futuro.
Nunca fui assim. "Assim", de dar por mim a pensar no prazo de 5, 10 ou 20 anos. Não tenho seguro de vida, nem de saúde e acho tudo isso uma aldrabice. Talvez o facto da minha barriga já ultrapassar o diametro da minha cabeça tenha alterado isso e dou por mim a:
- comprar discos externos para fazer back up do computador (a tese, as fotos da barriga ainda lisinha, eu e o Ivo sozinhos...),
- prolongar garantias de electrodomésticos para além dos dois anos obrigatórios,
- pensar na preservação das células estaminais do rapaz.
Isto muda mesmo... mas é bom.
Entretanto, 1ª máquina de roupa: infinitas peças com menos de 50cm!!!
terça-feira, 11 de agosto de 2009
As minhas últimas férias como "não mãe" estão mesmo quase a acabar. Toda a gente me dizia para aproveitar, o que para mim é incompreensível. Aproveitar o quê? Para já, ando às voltas com a tese, de forma a poder emancipá-la antes de despachar o Manuel da barriga para fora; depois, as coisas boas das férias (sol, família e praia) estarão cá na mesma para o ano. Acredito sinceramente que o meu mundo (e em geral, o Mundo) será melhor com o Manuel. Muito melhor! (Se não fosse isso não tinha embarcado nesta aventura). Só a minha tia usou a expressão correcta: "para o ano vai ser diferente, mas também é giro."
Diário em tópicos.
- No último dia que passámos no Alentejo litoral, fomos às festas de São Romão, que recriam o momento em que as pessoas do campo iam à praia antigamente. Levam farnel e iam ao banhos nos trajes da foto. Na feirinha de artesanato encontrei uma bola de trapos para o Manuel (andava mesmo à procura duma) e a artesã foi muito querida em oferecê-la. Também nos abastecemos de nozes e oregãos (a minha avó comprava-me sempre oregãos aos molhos, que é díficil de encontrar, mas são muito melhor).
- Hoje fomos fazer a ecografia das 32 semanas. O puto já passa dos 2 quilos, mas nunca deixa ver a cara muito bem. Estava numa posição muito engraçada a agarrar o no pé!
- É altura de começar a pensar no plano de parto.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Apaixonei-me (outra vez?!)
Como é que ainda ninguém me tinha falado deste homem???
O vídeo é pouco próprio para uma grávida. A letra, do próprio Gonzalez, é... (não tenho palavras)
Jose Gonzalez - Cycling Trivialities
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Like common people
É a música dos Pulp que teima em não sair da minha cabeça nos últimos dias. Estou de férias, mas não muito - a tese ainda não se emancipou, estou a tentar acabar um capítulo e amanhã vou entrevistar o director do museu. Espero avançar o máximo possível antes do Manuel nascer, mas não posso dizer que isso não provoca em mim alguma ansiedade. Daí ter vontade de me tornar uma pessoa vulgar, daquelas que nunca têm teses para fazer (Smoke some fags and play some pool, pretend you never went to school).
Nos últimos dias:
Sexta - fomos inscrever o Manuel em mais um infantário. Desta vez foi a creche de São José, aqui perto de casa. Foi a que gostei mais até agora: tem um imenso espaço exterior, uma horta, são só 40 meninos até aos 3 anos e a educadora era muito querida. Era mesmo óptimo que o bebé ficasse lá, acho que ele ia gostar do sítio.
Sábado - tese e mais tese e mais tese e a noite no São Luiz a ver demo dos Praga. Bom texto (ou diria, bons fragmentos de texto), mas a não-encenação sabe-se lá do quê não faz o meu género. Eles divertem-se, o público não tanto (tinha achado mais piada se pudesse estar no palco e tomasse banhos com os crocodilos). Talvez tenha um gosto mais para o clássico a nível teatral (não se pode ser contemporâneo em tudo, parece). No blog eles parecem melhor. Talvez sejam.
Domingo - Tese e mais tese e visita ao Samuel, de 5 meses, que será amigo do rapaz cá da barriga, que já herdou algumas roupinhas jeitosas. Bebé muito bonito e sorridente e pais felizes.
Eu quero mesmo ser como uma pessoa vulgar e ler A vida nos bosques (que não há na Biblioteca Camões :(
Ir
Fui para os bosques porque pretendia viver deliberadamente,
defrontar-me apenas com os factos essenciais da vida,
e ver se podia aprender o que ela tinha a ensinar-me, em vez
de descobrir à hora da morte que não tinha vivido.
domingo, 19 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Aquarela - Toquinho
Numa folha qualquer
eu desenho um Sol amarelo
E com 5 ou 6 rectas é fácil fazer um castelo
Com o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com 2 riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando contornando a imensa curva
Norte e Sul
Vou com ela viajando
Havai, Pequim ou Istambul
Pinto um barco à vela
branco navengando
é tanto o céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião
rosa grená
tudo em volta colorindo
com as suas luzes a piscar
Basta imaginar
e ele está partindo sereno e lindo
Se a gente quiser
ele vai pousar
Numa folha qualquer
eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos
bebendo de bem com a vida
De uma América à outra
eu consigo passar num segundo
giro um simples compasso
e num círculo em faço o mundo
Um menino caminha
e caminhando chega no muro
E ali logo em frente
a esperar pela gente
o futuro está
E o futuro é uma astronave
que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
muda a nossa vida
e depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
conhecer ou ver
o que virá
o fim dela ninguém sabe
bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela
que um dia em fim...descolorirá
Numa folha qualquer
eu desenho um Sol amarelo (que descolorirá)
E com 5 ou 6 rectas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso
num círculo eu faço o mundo (que descolorirá)
domingo, 5 de julho de 2009
Kepa Junkera
Vi ontem no cinema São Jorge o concerto de Kepa Junkera. Valeu muito a pena, como se pode avaliar pela qualidade da música.
Mais músicas aqui: http://www.myspace.com/kepajunkera
Como o florir das ondas ordenadas
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia de Mello Breyner Andersen
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Música para ele
Uma das coisas que quero que ele goste é de música, por isso os primeiros investimentos foram feitos nessa área. Agora só me falta comprar umas colunas razoáveis...
Música para bebés, da melhor, aqui, com direcção de Paulo Lameiro. Já comprei o CD e aconselho a todos os pais.
E vídeos dos concertos, também aqui.
Espero um dia poder vir a assistir a um deles com o Manuel!!!