O Verão ficou longe, mas só agora no resto dos dias deste ano, organizei as fotografias.
Aqui seremos sempre felizes!
"Do not ask me who I am and do not ask me to remain the same: leave it to our bureaucrats and our police to see that our papers are in order. At least spare us their morality when we write." Michel Foucault
Foi uma sorte ter descido a rua naquele dia, àquela hora e ter olhado para a montra da loja em segunda mão em que quase nunca entro. Apaixonei-me logo! Há muito tempo que procura uma cidade de madeira para o Manuel, mas é tudo caro e menos bonito. Esta foi um achado maravilhoso!
"É a horrível força do presente, que esmaga o passado tanto quanto o distancia, e que além disso o falseia sem que o passado possa abrir a boca, nem protestar nem contradizê-lo nem refutar-lhe seja o que for."
"Sim, somos todos arremedos de pessoas que quase nunca chegámos a conhecer, de gente que não se aproximou ou passou ao largo na vida daqueles que amamos agora, ou que então se deteve mas se cansou passado um tempo e desapareceu sem deixar rasto ou só a poeirada dos pés que vão fugindo, ou que morreu para aqueles que amamos causando-lhes uma ferida mortal que quase sempre acaba por fechar. Não podemos pretender ser os primeiros, ou os preferidos, somos apenas o que está disponível, os restos, as sobras, os sobreviventes, o que vai ficando, os saldos, e é com esses pouco que se solidificam os maiores amores e se fundam as melhores famílias, é essa a proveniência de nós todos, produto que somos da casualidade e do conformismo, dos descartes e das timidezas e dos fracassos alheios, e ainda assim daríamos às vezes fosse o que fosse para continuarmos junto de quem resgatámos um dia de um sótão ou um leilão, ou que nos coube em sorte num jogo de cartas ou apanhámos nos desperdícios; inverosimilmente conseguimos convencer-nos dos nossos infelizes namoros, e são muitos os que julgam ver a mão do destino no que não é mais que uma briga de aldeia quando o Verão já agoniza..."
Procurei alguns na net, mas na realidade nenhum me encheu as medidas e todos levavam algum tempo a fazer. Aproveitei uma idea do site Playful learning, que adoro, mas em vez de frases sobre a família escrevi pequenas actividades para fazer com o Manuel, de forma a tornar o advento mais rico em criatividade. Depois, foi só encher o frasco de uma maneira qualquer...
Vou mostrando algumas das surpresas que as noites e os pequenos papéis enrolados ou dobrados nos trazem.
(também temos um calendário daqueles com chocolates, claro!)
Primeiro era só uma pequena irritação. Sempre que o temóvel se desligava, voltava à data de 1 de Janeiro de 2005 e muitas das mensagens recebidas durante essa altura perdiam-se. Andava já com 8 mensagens não lidas que estavam algures não sei bem onde e a vodafone pedia-me um valor absurdo para uma actualização de software que nunca fiz.
Depois, na passada sexta-feira, o temóvel desligou-se e nunca mais o consegui ligar. Tudo indicava ser a bateria, mas não se comprovou (também só tinha 4 anos) e até agora não sei o que aconteceu. O que sei é que me aborrece imenso tratar destas coisas e por isso fui deixando passar o tempo. (Na verdade é o meu pai que, cheio de boa vontade, anda a tentar resolver a situação)
São 5 dias sem telemóvel, não é nenhum drama nem nenhuma eternidade... Mas confesso que me irrita esta mania de ter de estar sempre ligada, sempre contactável e que me sinto mais livre assim. Claro que também me sinto mais insegura, sei que se me acontecer alguma coisa no trânsito não posso ligar a ninguém, ou que se não puder ir buscar o Manuel à última da hora não posso fazer nenhum telefonema SOS.
Devo dizer que não me imagino a viver sem telemóvel durante muito tempo (suponho que, principalmente, devido à minha condição de mãe), mas a experiência tem sido melhor do que pensava e, para além disso,não me apetece gastar nem mais um cêntimo com estas companhias de telecomunicações que dominam o mercado sem ter a mínima preocupação com o apoio ao cliente!
Uma última reflexão me assalta (e me assusta) nos últimos dias: a segurança é um antónimo de liberdade? É que parece que sim...
P.S. - Não me liguem, não vale mesmo a pena!
Fomos ver o Kirikou à festa do cinema francês e ficámos fãs! É um filme que apetece ver e rever vezes sem conta e o Manuel anda sempre a trautear as canções. Se estivéssemos cá este fim de semana, para além do festival Big Bang (até já tínhamos bilhetes) se calhar ainda íamos ver o Kirikou 2,mas não vai dar.
Para além disso, parece-me que o fantasma do Mozart veio viver cá para casa:
1- Ouvimos a criatura a toda a hora
2- "Mãe, quando for grande vou chamar-me Amadeus"
3 - Quer ir buscar o músico, "lá ao sítio onde ele está morto" (cheira-me a crime)
4 - Anda muito descontente porque os amigos não sabem quem é o Papageno
( JURO que não tenho nada a ver com isto)
Para mim, é sempre umas das coisas boas da reentré: a Feira da Luz em Carnide. É certo que cada vez está mais pequena, mas gosto sempre das "tendas" (?) das vergas (ai, ai, as alcofas e as cestas), das plantas, e das cerâmicas. Desta vez trouxe isto:
* Lúcia-lima: só de a cheirar fico logo mais feliz e faz um dos melhores chás do mundo (2€).
* Uma garrafa de vidro: porque estou a tentar eliminar os plásticos e esta é óptima para ir ao frigorifico com água (2€)
* Um almofariz verdadeiro! Tinha um da loja do chinês, mas é meio envernizado e os alhos saltam todos. Além disso descobri recentemente que os alhos nunca devem ser cortados, mas sim esmagados e de preferência com casca. Assim, parece que já posso fazer uma boa açorda. (5€)
* 6 canecas que achei lindas. As 6 por 2€!
* Uma figurinha de barro tradicional portuguesa, acho tão giras para o presépio que tenho vontade de ir lá comprar mais (1€).
Espero ainda lá voltar, pois fiquei de olho num vaso de hortelã da ribeira (começo a desconfiar que isto das aromáticas é um vício) e numas suculentas para o meu jardim em miniatura (um dia falo sobre ele).
Não sei o que vai dar, mas estas férias fartei-me das máquinas digitais... Já há tanta imagem por tanto lado e tudo tão pouco palpável... Levei a Diana, mas à última da hora não consegui encontrar rolos de 12mm (na fnac já não tinham), por isso, quase todas as fotos que tirei foram com esta velhinha máquina do meu pai da qual saíram todas as fotos que tenho da minha infância.
Para completar a aventura, o rolo estava fora de prazo (e agora não consigo rebobiná-lo!)
O que será, será!
Passámos o Domingo em casa. Nós arrumamos por um lado, ele desarruma por outro (devo dizer "brinca"?). Mas entre máquinas de roupa, sopas e outros que tais [suspiro] ainda dá tempo para umas actividades que salvam o dia!
Sempre gostei de teatrinhos de papel (lembram-se deste?). são pequenos mundos que podemos criar do tamanho que quisermos, com as histórias e personagens mais ou menos mirabolantes... Claro que agora tenho muito menos tempo para me dedicar a eles, por isso, desta vez experimentámos um teatrinho da PUKACA e ficámos com vontade de comprar os outros da colecção. (Embora eu comece a ter muita dificuldade em organizar o quarto do M.)
Eu própria estou aqui. E tu avó Clotilde. Avô Manuel. Alex. Carla. Hugo. Rui. Juan. Margarida. Dolores. Sandra. Sónia. Susana. Irmão Ivo. Irmã Sara. Irmão João. Eu própria estou aqui.
Para uma rapariga como eu, que pouco tempo tem para escrever no blog ou seguir os blogues que mais gosta, descobrir formas de o fazer mais amiúde recorrendo a menos tempo possível tornou-se uma necessidade. Por isso, muitas vezes actualizo o blog através da aplicação do próprio bloguer mas confesso que até agora não estou muito feliz com ela (não consigo inserir links nem formatar as imagens) pelo que estou a experimentar pela primeira vez o Blogsy (é uma app paga, mas parece que vale a pena)
E para ler os meus blogues favoritos, o melhor revelou-se mesmo ser o bloglovin’ (também podem seguir o azuldemarta), enquanto para publicações periódicas, sites, museus e afins utilizo o feedly.